Economia

BCE consideraria taxas negativas em situação extrema

No começo do mês, o BCE reduziu sua principal taxa de refinanciamento em 0,25%, a seu menor nível histórico de 0,25%


	Sede do BCE: bo final de 2011 e no começo de 2012, o BCE injetou mais de 1 trilhão de euros no sistema financeiro por empréstimos a três anos
 (Krisztian Bocsi/Bloomberg)

Sede do BCE: bo final de 2011 e no começo de 2012, o BCE injetou mais de 1 trilhão de euros no sistema financeiro por empréstimos a três anos (Krisztian Bocsi/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 16h30.

Frankfurt - O Banco Central Europeu apenas colocaria sua taxa de depósito - atualmente em 0% - em patamar negativo em uma situação extrema, disse seu vice-presidente, Vitor Constancio, nesta quarta-feira.

No começo do mês, o BCE reduziu sua principal taxa de refinanciamento em 0,25%, a seu menor nível histórico de 0,25%.

Apesar de o presidente do BCE, Mario Draghi, dizer que o banco central está tecnicamente pronto para introduzir taxas de juros negativas em sua linha de depósito, a manteve inalterada em zero por cento.

Em coletiva de imprensa sobre a publicação do Relatório de Estabilidade Financeira do BCE, Constancio disse que "anunciamos muitos meses atrás que de um ponto de vista puramente técnico estamos prontos para fazer isso".

"Mas certamente nenhuma decisão sobre isso (foi anunciada) porque isso certamente está aberto a medidas sem precedentes", disse ele.

Constancio observou que as taxas de juros negativas foram "experimentadas brevemente na Suécia e na Dinamarca".

Contudo, era "diferente, no entanto, considerar isso para uma economia como a zona do euro. Apenas em situações extremas a medida poderia ser considerada", disse ele.

O número dois do BCE disse que a situação de liquidez dos bancos europeus "agora é muito melhor que tempos atrás e muito melhor que era no final de 2011".

No final de 2011 e no começo de 2012, o BCE injetou mais de 1 trilhão de euros no sistema financeiro por empréstimos a três anos para evitar uma iminente crise de crédito.

Acompanhe tudo sobre:BCEEuropa

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto