Economia

BCE considera que Trump provoca mais incerteza econômica que o período da pandemia

BCE está preocupado com as incertezas provocadas pela recente guerra tarifária promovida por Washington

Desde seu retorno ao poder em janeiro, Trump anunciou uma série de ofensivas comerciais contra seus aliados e competidores (Andrew Harnik/AFP)

Desde seu retorno ao poder em janeiro, Trump anunciou uma série de ofensivas comerciais contra seus aliados e competidores (Andrew Harnik/AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 16 de março de 2025 às 11h49.

As políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão criando mais "incerteza" para a economia mundial do que o período da pandemia de covid-19, afirmou o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE).

Em suas projeções de inflação, o BCE deve "levar em consideração a incerteza do ambiente atual, que, inclusive, é maior do que era durante a pandemia", disse o espanhol Luis de Guindos em entrevista ao jornal Sunday Times.

A perspectiva das tarifas impostas pelos Estados Unidos e as respostas de seus parceiros comerciais provocam "muitas incertezas" e fazem com que "a situação atual seja muito volátil", acrescenta o número dois da presidente Christine Lagarde.

"Parece que a cada dia uma nova tarifa é adotada, ou um imposto anunciado é retirado", resume o ex-ministro da Economia espanhol.

Desde seu retorno ao poder em janeiro, Trump anunciou uma série de ofensivas comerciais contra seus aliados e competidores, alegando que os Estados Unidos foram tratados injustamente no comércio internacional.

"Uma guerra comercial seria uma situação 'perde-perde' para todos, porque penalizaria o crescimento", disse Guindos. Apesar do contexto, "o processo de desinflação está no bom caminho", assegura.

O BCE considera que uma inflação próxima a 2% garante a estabilidade dos preços e reforça a confiança das famílias e empresas para consumir e investir.

Acompanhe tudo sobre:BCEDonald Trump

Mais de Economia

Novo consignado é um marco, mas ainda há dúvidas sobre detalhes operacionais, diz CEO da ABBC

Comissão mantém votação do orçamento para 19 de março, contrariando presidentes do Congresso

Zona Franca de Manaus: Indústria do Amazonas estima crescimento de 6% e receita de R$ 216 bi em 2025

Dívida recua para 75,3% do PIB com superávit de R$ 104 bilhões em janeiro