Economia

BCE classifica programa de compra de dívida como "efetivo"

A entidade monetária disse que "sua finalidade é garantir uma transmissão efetiva da política monetária do Eurossistema"


	BCE, em Frankfurt: acrescenta que "nesses países houve melhoras similares e inclusive mais significativas nos segmentos em curto prazo do mercado"
 (Alex Domanski/Reuters)

BCE, em Frankfurt: acrescenta que "nesses países houve melhoras similares e inclusive mais significativas nos segmentos em curto prazo do mercado" (Alex Domanski/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2012 às 10h22.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) classificou o programa de compra de dívida soberana de países com dificuldades de financiamento de "instrumento de política monetária necessário, proporcionado e efetivo", que já contribuiu para reduzir as gratificações de risco.

Em seu boletim mensal de outubro, publicado nesta quinta-feira, a entidade monetária disse que "sua finalidade é garantir uma transmissão efetiva da política monetária do Eurossistema".

Assim, são dadas "as condições necessárias para uma aplicação efetiva em toda a zona do euro da política monetária única, visando à consecução de seu objetivo principal de manter a estabilidade de preços", disse o BCE.

"Os diferenciais da Itália e da Espanha também registraram uma diminuição substancial, de mais de 100 pontos básicos" no contexto do anúncio das modalidades de execução do programa de compra de dívida soberana no mercado secundário.

O anúncio "pareceu reduzir as gratificações de risco, incluídas as relacionadas com os temores sobre uma possível ruptura da zona do euro", segundo o banco europeu.

Acrescenta que "nesses países houve melhoras similares e inclusive mais significativas nos segmentos em curto prazo do mercado".

Dado que os rendimentos da dívida pública da maioria dos demais países da zona se mantiveram praticamente estáveis, seus diferenciais frente à dívida pública alemã caíram, devido ao aumento do rendimento dessa última.

Unicamente os rendimentos da dívida pública finlandesa aumentaram mais que os dos bônus alemães, o que fez com que o diferencial fosse mais amplo no início de outubro que no final de agosto. 

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