Economia

BCE afirma que decisão de pedir ajuda é do governo espanhol

"Depende inteiramente da Espanha e do Governo espanhol tomar esta decisão, que não corresponde ao BCE", completou


	Topo da escultura do euro na frente do BCE, em Frankfurt: o presidente da instituição monetária da eurozona evitou fazer mais comentários a respeito
 (Alex Domanski/Reuters)

Topo da escultura do euro na frente do BCE, em Frankfurt: o presidente da instituição monetária da eurozona evitou fazer mais comentários a respeito (Alex Domanski/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 14h28.

Frankfurt - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou nesta quinta-feira que "o governo espanhol é que tem que decidir se pedirá ajuda", já que a entidade monetária "está preparada para atuar" e comprar dívida soberana.

Em uma entrevista coletiva após a reunião do conselho do governo da instituição, Draghi declarou que o novo programa de compra ilimitada de dívida soberana de países com dificuldades de financiamento está vinculado a estritas condições.

"Depende inteiramente da Espanha e do Governo espanhol tomar esta decisão, que não corresponde ao BCE", completou.

O presidente da instituição monetária da eurozona evitou fazer mais comentários a respeito, mas lembrou que o plano de compra de bônus no mercado secundário é um "firewall" que permite dissipar os riscos e, ao mesmo tempo, não elimina os incentivos para manter a disciplina fiscal e a estabilidade dos preços.

Além disso, Draghi lembrou que as condições para que se ative o programa são conhecidas. Neste caso, o país deve solicitar primeiro a intervenção do fundo europeu de resgate e buscar um papel ativo do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Essa é uma condição necessária, apesar de não ser uma condição suficiente", ressaltou.

O presidente do BCE também destacou que, desde o anúncio do plano de compra de dívida por parte da entidade com sede em Frankfurt, uma série de melhoras foi registrada uma série de melhoras nos mercados, como a do retorno de fluxos do resto do mundo, particularmente dos procedentes dos EUA.

Draghi também lembrou que as necessidades de financiamento de países como a Espanha e Itália estão praticamente ou plenamente cobertas para este ano e o número dos que têm seus bônus aumentou.

"É algo que não vimos durante um tempo", finalizou. 

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