Economia

BC vê menor rombo na conta corrente do Brasil em 2015

Banco também manteve suas expectativas sobre o Investimento Direto no País (IDP), resultado ainda insuficiente para cobrir o rombo da conta corrente


	Sede do Banco Central: o BC também manteve suas expectativas sobre o Investimento Direto no País (IDP)
 (Arquivo/Agência Brasil)

Sede do Banco Central: o BC também manteve suas expectativas sobre o Investimento Direto no País (IDP) (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 12h09.

Brasília - O Banco Central melhorou nesta segunda-feira sua projeção para o déficit em transações correntes do Brasil em 2015 para 81 bilhões de dólares, mas o rombo ainda não será coberto pelos investimentos diretos vindos de fora.

Até então, o BC via que o saldo negativo na conta corrente do país ficaria em 84 bilhões de dólares, e passou a enxergar agora menos saídas líquidas na conta de serviços e remessas mais modestas de lucros e dividendos.

Somente com gastos com viagens no exterior, o BC passou a ver saldo negativo de 14,5 bilhões de dólares neste ano, contra 16 bilhões de dólares esperados até então.

Para remessas de lucros e dividendos de multinacionais instaladas no país, as contas são de 21 bilhões de dólares neste ano, 1,5 bilhão a menos do que a previsão passada.

Ao mesmo tempo, o BC manteve suas contas sobre os Investimentos Diretos no País (IDP) --nova denominação para Investimentos Estrangeiros Diretos (IED)-- para o ano em 80 bilhões de dólares.

MAIO Somente em maio, o déficit em transações correntes do país somou 3,366 bilhões de dólares, ante 7,874 bilhões de dólares no mesmo período de 2014, num ajuste que vem sendo impactado pela valorização do dólar sobre o real e queda da atividade doméstica.

O saldo negativo em conta corrente veio melhor que o déficit de 5,4 bilhões de dólares projetado pelo BC para o mês passado, também melhor do que a projeção em pesquisa Reuters de déficit de 4,7 bilhões de dólares.

Em 12 meses, o rombo nas contas externas do Brasil soma 95,717 bilhões de dólares, correspondente a 4,39 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), contra 4,53 por cento visto nos 12 meses até abril.

O resultado das contas externas é fruto da diferença entre o que o Brasil desembolsou e o que recebeu em transações internacionais, como balança comercial, serviços e rendas. Com o dólar mais caro --com valorização de 5,78 por cento sobre o real em maio-- e a economia enfraquecida, caem os gastos de brasileiros fora e a remessa de lucros para outros países.

Texto atualizado às 12h09

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