Economia

BC só vai reduzir swaps quando situação permitir, diz Ilan

Presidente do Banco Central afirmou que só vai reduzir estoque de swaps cambiais quando as condições do mercado permitirem

Ilan Goldfajn: "o câmbio flutuante é uma importante ferramenta", disse o presidente do BC (Agência Brasil/Marcelo Camargo)

Ilan Goldfajn: "o câmbio flutuante é uma importante ferramenta", disse o presidente do BC (Agência Brasil/Marcelo Camargo)

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Reuters

Publicado em 11 de novembro de 2016 às 14h07.

Última atualização em 11 de novembro de 2016 às 15h26.

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira que o câmbio flutuante é uma importante ferramenta e repetiu que o BC somente reduzirá o estoque de swap tradicionais quando as condições de mercado permitirem.

Ilan, que participa de evento no Chile sobre bancos centrais, reafirmou ainda que o BC está comprometido em trazer inflação para a meta e mantê-la estável, o que ajudará a economia a recuperar a confiança e o crescimento.

"A convergência da inflação para a meta em 2017 e 2018 é compatível com flexibilização moderada e gradual das condições monetárias", afirmou ele, segundo apresentação em inglês publicada no site do BC.

A vitória de Donald Trump trouxe muitas incertezas nos mercados financeiros globais, fazendo o dólar saltar mais de 6 por cento sobre o real nas duas sessões passadas; nesta, já encostou em 3,50 reais.

Com isso, o BC informou na véspera que começaria a rolagem dos swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- que vencem em 1º de dezembro e totalizam 6,490 bilhões de dólares. Segundo o BC, caso a rolagem seja integral, o estoque de swaps tradicionais será mantido em 24,106 bilhões de dólares.

Desde abril passado o BC não fazia leilões de swaps tradicionais, mas apenas swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares.

"O câmbio flutuante é uma importante ferramenta", afirmou Ilan. "O BC somente reduzirá estoque de swap quando condições de mercado permitirem", acrescentou.

Sobre a política monetária, Ilan reforçou ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) "avaliará o ritmo e magnitude da flexibilização monetária ao longo do tempo, para assegurar convergência da inflação para a meta de 4,5 por cento".

O BC iniciou no mês passado novo ciclo de afrouxamento monetário, ao reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, a 14 por cento ao ano. E havia indicado que novas quedas e maior intensidade dependeriam do comportamento, sobretudo, da inflação de serviços e do ajuste fiscal brasileiro.

Ilan disse ainda que objetivo de regulação e supervisão do BC é manter sistema financeiro sólido, líquido e provisionado durante toda a crise-apresentação

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