Economia

BC seguiu plano de voo traçado, diz Gradual

A decisão do Banco Central foi recebida sem surpresas, já que a economia mundial em crise parece seguir o caminho previsto pela entidade

BC cortou 0,5% da Selic, para o nível de 11% ao ano (Divulgação/Banco Central)

BC cortou 0,5% da Selic, para o nível de 11% ao ano (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 07h09.

São Paulo - O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Guilherme Perfeito, recebeu sem surpresas a decisão de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de cortar a taxa básica de juros do País em 0,5 ponto porcentual para o nível de 11% ao ano. De acordo com ele, o procedimento do BC está em linha com o que já foi traçado anteriormente e, no momento atual, uma decisão diferente da esperada não era a mais recomendada. "O Banco Central está seguindo o plano de voo que traçou e não quis surpreender o mercado", opinou.

Perfeito fazia parte da corrente majoritária dos economistas do mercado financeiro que trabalhavam com a estimativa de que a Selic seria cortada, pela terceira reunião consecutiva do Copom, em 0,5 ponto porcentual. Conforme levantamento do AE Projeções com 71 casas, 70 esperavam este procedimento da diretoria do BC.

De acordo com o economista, dois foram os motivos para uma decisão sem surpresas da autoridade monetária. A primeira é que existiria um custo com um procedimento diferente do esperado, já que isso abriria espaço para análises de que a inflação poderia estar mais elevada do que a desejada pelo BC e isso poderia afetar as expectativas para o IPCA. O segundo ponto seria que o consenso do mercado financeiro está caminhando para onde o Banco Central deseja. "Foi simples e não quis fazer barulho", disse Perfeito.

O economista-chefe da Gradual Investimentos afirmou que, com a confirmação do corte de 0,5 ponto na reunião de novembro do Copom, ratificou o cenário da Gradual para o futuro da Selic nos próximos meses. Segundo ele, o BC ainda reduzirá os juros em 0,5 ponto nas reuniões de janeiro e março, quando encerrará o ciclo recente de afrouxamento monetário.

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