Banco Central: a piora da projeção foi puxada por uma expectativa de mais recessão tanto na indústria quanto no setor de serviços. (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2015 às 10h32.
Brasília - Com o Brasil em meio a estagflação, quando há um aumento dos preços ao mesmo tempo em que a atividade se retrai, o Banco Central passou a prever que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 deverá registrar retração de 2,7%.
A informação consta do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira, 24. Na edição anterior, a previsão do BC era de uma queda de 1,1% para a economia brasileira este ano.
A piora da projeção foi puxada por uma expectativa de mais recessão tanto na indústria quanto no setor de serviços.
Pelas novas projeções, o PIB do setor agropecuário vai crescer 2,6% ante 1,9% da estimativa anterior. Já a projeção para a indústria passou de -3% para -5,6%.
O setor de serviços, de acordo com o BC, deve ter uma queda de 1,6% - no relatório de anterior, o BC contava com uma queda de 0,8%.
Ainda de acordo com o RTI, o consumo das famílias deve ter queda de 2,4% em 2015, enquanto o do governo, de 1,4%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) deve ter baixa de 12,3% este ano.
O BC revelou que sua estimativa para o crescimento do PIB no segundo trimestre de 2016 deve ser de queda de 2,2%. No mercado financeiro, as previsões para a atividade seguem também negativas.
No boletim Focus, a mediana para o PIB deste ano está negativa em 2,70% e, para 2016, apresenta recessão de 0,80%.