A inflação no Brasil alcançou 6,5% em doze meses em maio (1,5 ponto acima do resultado do mesmo mês um ano antes). Contudo, os preços dos alimentos subiram muito mais que o teto da meta, 13,5%, e os dos serviços, 8,5% (Tânia Rêgo/ABr)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2013 às 18h12.
O Banco Central brasileiro reduziu a previsão de crescimento do PIB para 2013 a 2,7% e elevou a da inflação para o ano a 6%, informou nesta quinta-feira a entidade em seu relatório trimestral de projeções para a economia.
No relatório anterior, em março, o Banco Central estimava que a economia cresceria 3,1%.
O mercado já reduziu esta previsão e atualmente estima que a economia brasileira crescerá 2,46%, segundo a última pesquisa de analistas e operadores divulgada na segunda-feira e realizada pelo próprio Banco Central.
O Banco Central projeta uma inflação de 6% em 2013, superior aos 5,7% previstos há três meses, e 5,4% em 2014, próximo ao máximo de tolerância de 6,5%, e longe do centro da meta oficial de 4,5%.
A inflação no Brasil alcançou 6,5% em doze meses em maio (1,5 ponto acima do resultado do mesmo mês um ano antes). Contudo, os preços dos alimentos subiram muito mais que o teto da meta, 13,5%, e os dos serviços, 8,5%.
O Banco Central insistiu que seu Comitê de Política Monetária, que aumentou a taxa básica de juros nos últimos meses para enfrentar a inflação, está atento para combater a alta dos preços.
"O Comitê destaca que, em um momento como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, para minimizar os riscos de que níveis elevados de inflação como os dos últimos 12 meses persistam", afirmou.
O Brasil cresceu 0,9% em 2012 e 2,7% em 2011, após uma forte alta do PIB de 7,5% em 2010.