Economia

BC prevê que PIB do Brasil deve crescer 2,6% em 2018, diz Ilan

Para o presidente do Banco, à medida que incertezas forem sendo sanadas, a economia começará a crescer de forma mais rápida

PIB: o banco trabalha com crescimento de 2,6% para este ano e para o próximo estamos com uma previsão de 3% (Nelson_A_Ishikawa/Thinkstock)

PIB: o banco trabalha com crescimento de 2,6% para este ano e para o próximo estamos com uma previsão de 3% (Nelson_A_Ishikawa/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2018 às 12h32.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira, 27, que à medida que incertezas forem sendo sanadas, a economia começará a crescer de forma mais rápida.

Ao falar em debate sobre produtividade e spread bancário em São Paulo, ele citou as medianas das projeções do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e de 2019, que segundo o Boletim Focus são de 2,8% para 2018 e de 3% para o próximo ano.

"O BC trabalha com crescimento de 2,6% para este ano e para o próximo estamos com uma previsão próxima da expectativa do mercado", afirmou Ilan.

Spread bancário

O presidente do Banco Central disse que o debate sobre a redução do spread bancário no Brasil hoje tem a ver com a queda expressiva da taxa de juros e da inflação ao mesmo tempo em que o crescimento da economia se dá de forma lenta e gradual. Segundo ele, é inegável que a economia brasileira está passando por mudanças que se reproduzem nas reduções da inflação e da taxa de juros, mas o crescimento depende de outras variáveis, além da redução da taxa básica de juros.

É nesse ponto, de acordo com Ilan, que entra a Agenda BC+, com suas propostas para combater os problemas que contribuem para impedir uma velocidade maior do crescimento.

Segundo o presidente do BC, o spread e os juros bancários estão seguindo o ciclo de flexibilização da política monetária como em ciclos de flexibilização anteriores. O impacto do atual ciclo é padrão, reforçou. "Mas nós queremos que as taxas de juros do mercado e o spread caiam mais rápido", acrescentou.

Para que o spread e os juros na ponta caiam mais rápido, continuou Ilan, é preciso atacar as causas que impedem a rapidez das quedas. Por isso, emendou, é que o BC está trabalhando na Câmara dos Deputados pela aprovação do Cadastro Positivo e atacando outras causas, como por exemplo a baixa taxa de recuperação de empréstimos, que no Brasil é de apenas 16% enquanto no resto do mundo é de 70%.

Segundo Ian, a diferença entre as taxas de recuperação de crédito interna e externa é absorvida no Brasil pelas taxas de juros ao consumidor. "Acreditamos que reduzindo as incertezas do sistema financeiro a taxa de juros do cheque especial vai cair", avaliou o presidente do BC. O importante, de acordo com ele, é que "estamos normalizando as taxas no Brasil".

Ele lembrou a redução da parcela do compulsório de 40% para 25%. "E vamos também reduzir o compulsório da poupança", afirmou.

Outro foco da Agenda BC+ para a redução do spread e aumentar a produtividade e competitividade do sistema financeiro é o apoio da autarquia ao "empoderamento" dos bancos pequenos e das fintechs no mercado de crédito.

As afirmações de Ilan foram feitas no debate "Produtividade e Spread Bancário Brasileiro: Agenda Para o Crescimento Econômico", organizado pelo Instituto Febraban e Site Por Que, Economês em Bom Português.

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