Economia

BC prevê que dívida líquida recuará para 33,8% do PIB

A dívida bruta deve se manter em 59,6% do PIB, segundo a projeção da instituição, mesmo valor de maio


	Túlio Maciel: o chefe do Departamento Econômico do BC destacou que o resultado de maio elevou o superávit primário acumulado em 12 meses para R$ 88,816 bilhões
 (Elza Fiúza/ABr)

Túlio Maciel: o chefe do Departamento Econômico do BC destacou que o resultado de maio elevou o superávit primário acumulado em 12 meses para R$ 88,816 bilhões (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 14h22.

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse que a dívida líquida do setor público deve recuar para 33,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em junho, ante 34,8% em maio.

Os dois números são os menores da série histórica, iniciada em 2001. A projeção de junho considera um câmbio de R$ 2,20.

A dívida bruta deve se manter em 59,6% do PIB, segundo a projeção da instituição, mesmo valor de maio. O déficit nominal para o setor público em maio, de R$ 14,5 bilhões, é o menor para meses de maio desde 2009 (R$ 10,6 bilhões), diz Maciel. Já no acumulado do ano, o déficit de R$ 53,7 bilhões é o pior da série histórica.

Túli Maciel comemorou o superávit de R$ 5,681 bilhões registrado no mês de maio pelo setor público. Em sua avaliação, o resultado "foi bom para o período, significativamente superior ao de maio do ano passado", disse.

"Há alguns meses não tínhamos comparação interanual positiva como agora", completou, lembrando que, em janeiro, foi a última vez que isso aconteceu. Maciel salientou que o saldo é o melhor para o mês desde 2011.

O chefe do Departamento Econômico do BC destacou que o resultado de maio elevou o superávit primário acumulado em 12 meses para R$ 88,816 bilhões. O mais importante, conforme o técnico, é que, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a taxa passou de 1,90% para 1,95%.

Já em relação ao aumento das despesas do governo com juros em maio, Maciel atribuiu o crescimento a dois fatores: o aumento da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 8% ao ano, e o aumento da inflação.

Ele lembrou que, para este cálculo a taxa usada é a do mês anterior, portanto foi identificado um aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março (0,47%) para abril (0,55%). "Tem outros fatores também, como a quantidade de dias úteis", justificou.

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