Banco Central: autoridade monetária pretende colocar de pé, até o fim do ano, um sistema de troca de dados automático (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 18 de maio de 2020 às 21h04.
Última atualização em 18 de maio de 2020 às 21h05.
O diretor de regulação do Banco Central (BC), Otávio Damaso, disse nesta segunda-feira, que o mecanismo de governança do open banking será de "autorregulação assistida", mas que a autoridade monetária poderá regular o tema caso entenda necessário.
O BC pretende colocar de pé, até o fim do ano, um sistema de troca de dados automático, o chamado open banking. Sua ideia é que quanto mais informações as instituições financeiras têm à sua disposição sobre potenciais clientes, mais seguras elas se sentirão para oferecer empréstimos mais baratos. Por isso, o BC quer que os bancos compartilhem entre si dados como a renda dos clientes e o histórico de crédito.
"Se a coisa não andar da forma como o Banco Central quer, ou qual expectativa que a gente tem em relação ao open banking, naturalmente a gente sempre vai ter a prerrogativa de trazer isso para a regulação", destacou Damaso, em videoconferência promovida pela Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs).
Questionado sobre as novas entidades em virtude da terceira fase do open banking, que envolve iniciador de pagamento e encaminhador de proposta de crédito, o Damaso afirmou que uma instrução adicional acerca do tema será publicada posteriormente, contendo o detalhamento acerca desses players.
"Vai vir ainda uma instrução adicional, que vai ficar claro quem vão ser esses players, já está no forno. A gente está concluindo essa regulamentação e vamos decidir se isso ainda vai ser via consulta pública ou se vai direto. Muito provavelmente, um período de consulta pública é bem-vindo", explicou Damaso.
A terceira fase do open banking prevê que os cliente de bancos poderão receber ofertas de crédito de instituições concorrentes.