Economia

BC não quer fim do parcelamento sem juros no cartão pelo lojista

Segundo presidente do Banco Central, a autoridade monetária trabalha para reduzir distorções no mercado de cartão de crédito e os custos do sistema

Ilan Goldfajn: "O consumidor precisa saber que o parcelamento tem juros, nada é de graça" (Adriano Machado/Reuters)

Ilan Goldfajn: "O consumidor precisa saber que o parcelamento tem juros, nada é de graça" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 15h04.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a autoridade monetária trabalha para reduzir distorções no mercado de cartão de crédito e os custos do sistema, mas ressaltou que não há planos para se acabar com o parcelamento sem juros no cartão, como chegou a ser noticiado. "O consumidor precisa saber que o parcelamento tem juros, nada é de graça", disse, ao responder perguntas de empresários em evento da Câmara Espanhola de Comércio no Brasil.

"Estamos tentando mexer no sistema para eliminar distorções", disse Ilan. Na apresentação ele ressaltou que o BC quer estimular o uso de meios eletrônicos de pagamentos, como o cartão, para substituir o papel moeda. O meio é mais eficiente e ajuda a evitar coisas como a lavagem de dinheiro, segundo ele.

Ao falar da necessidade de financiamento de longo prazo, Ilan mencionou que inflação baixa e estabilidade macroeconômica são um "insumo" importante para permitir que este mercado se desenvolva. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai continuar tendo seu papel, mas o mercado de capitais deve ganhar peso como financiador para projetos de infraestrutura, disse ele.

 

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCartões de créditoIlan Goldfajn

Mais de Economia

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados