Economia

BC não projeta convergência da inflação para a meta

Ainda assim, o diretor de Política Econômica do BC afirmou que a convergência ainda pode acontecer


	Carlos Hamilton Araújo: "entendo que esse quadro pode sim mudar para melhor", afirmou o diretor
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Carlos Hamilton Araújo: "entendo que esse quadro pode sim mudar para melhor", afirmou o diretor (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 12h49.

Brasília - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, afirmou nesta sexta-feira, 20, que as estimativas da instituição para o IPCA até 2015 não estão apontando uma inflação convergindo para a meta, mas que isso não significa que alcançar esse objetivo seja impossível.

"A convergência é um evento possível. De acordo com as nossas projeções, o cenário mais provável não aponta isso. O que não implica que não seja possível."

As projeções da instituição mostram inflação de até 5,4% em 2015, mas o quadro pode ser tornar mais benigno na medida em que a economia for dando resposta às ações já tomadas de política monetária.

"Entendo que esse quadro pode sim mudar para melhor", afirmou, lembrando que a taxa Selic já subiu 2,75 pontos porcentuais e que "o BC vai permanecer de olho no combate à inflação".

Questionado sobre o prazo para convergência da inflação para o centro da meta, Hamilton afirmou: "Vamos aguardar. Por hora, nosso cenário não contempla isso".

Ele destacou, durante a divulgação do Relatório de Inflação, em Brasília, que a instituição faz projeções considerando hipóteses e que "projeção não é promessa, é projeção". Segundo Hamilton, existe uma distribuição de probabilidade por trás do número apresentado como cenário central.

Sobre o balanço de risco para os preços, o diretor citou pressões de preços de salários e repasse do câmbio, como fatores de alta, e, no sentido contrário, "as ações do BC".

Megaeventos

O diretor do BC disse também que os megaeventos esportivos são "ligeiramente inflacionários", ao analisar o possível impacto destes grandes eventos sobre a dinâmica de preços.

"As evidências indicam que, de 2007 a 2017, esses megaeventos devem gerar no Brasil um impacto de 2 pontos porcentuais", disse.

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