Economia

BC não espera queda na inadimplência nem força no crédito

Em relatório divulgado hoje (18), Banco Central acrescenta que não espera uma retomada expressiva no crédito


	BC não espera redução na inadimplência nem retomada expressiva do crédito
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

BC não espera redução na inadimplência nem retomada expressiva do crédito (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 12h29.

Brasília - O Banco Central (BC) não espera redução na inadimplência média do sistema bancário nem retomada expressiva do crédito neste semestre. A informação consta no Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado hoje (18) pelo BC.

“Como não se espera redução na inadimplência média do sistema bancário, o recuo nas despesas de provisão [recursos reservados para conter o risco de calote], observado nos últimos semestres, não deverá se repetir”, avalia o BC no relatório.

No relatório, o BC acrescenta que “não há expectativa de retomada expressiva do crédito”. Além disso, o BC avalia que “sem movimentos relevantes na Selic e nas taxas de longo prazo, os ganhos adicionais com tesouraria [títulos] tendem a ser menores”.

“Ademais, o ritmo de crescimento das receitas de serviços tem desacelerado. Assim, desconsiderando fontes não recorrentes de resultado, o ganho de rentabilidade dependerá, em grande parte, da capacidade de os bancos ganharem eficiência por meio de contenção de despesas”, avalia o BC.

Segundo o BC, elevações da taxa Selic contribuíram para aumentar as receitas dos bancos com títulos de renda fixa, “ao passo que, com a redução das taxas de juros de longo prazo, o ajuste a valor de mercado de títulos, que vinha gerando perdas desde o início de 2013, voltou a ser positivo no primeiro semestre de 2014”.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC interrompeu o ciclo de alta da Selic em maio, quando segurou os juros após nove aumentos consecutivos. A Selic está atualmente em 11% ao ano.

O Relatório de Estabilidade Financeira também mostra que “a solvência do sistema bancário continua elevada, com níveis de capitalização adequados para suportar os riscos assumidos”. O BC acrescenta que os bancos têm capacidade elevada de suportar situações adversas.

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