Dólar: já a projeção para investimento estrangeiro em ações brasileiras, tanto no país como no exterior, foi mantida em US$ 10 bilhões. (Joe Raedle/Newsmakers)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2013 às 13h49.
Brasília – O Banco Central (BC) manteve a projeção para os investimentos estrangeiros diretos, que vão para o setor produtivo do país, em US$ 65 bilhões, este ano. Em relação a tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) - esses investimentos vão corresponder a 2,79%.
De janeiro a maio, os investimentos estrangeiros diretos chegaram a US$ 22,856 bilhões, contra US$ 23,907 bilhões nos cinco meses de 2012.
De acordo com o Banco Central, esses investimentos não vão ser suficientes para cobrir o déficit nas contas externas. Os investimentosestrangeiros diretos são considerados a melhor forma de financiar o saldo negativo das transações correntes (compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo) por ser de longo prazo.
Hoje (21), o Banco Central aumentou a projeção para o déficit em transações correntes, este ano, de US$ 67 bilhões para US$ 75 bilhões, o que vai corresponder a 3,22% do PIB.
Mesmo assim, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destacou que os investimentos estrangeiros diretos continuam cobrindo a maior parte do déficit em transações correntes. “As demais fontes [empréstimos, investimentos estrangeiros em ações e renda fixa] fazem com que o quadro de financiamento continue confortável. As taxas de rolagem [dos empréstimos] continuam confortáveis”, disse.
O BC revisou a estimativa para a taxa de rolagem (razão entre desembolsos e amortizações) total de empréstimos de médio e longo, para este ano, de 125% para 138%. Essa taxa indica que as empresas não somente rolaram os vencimentos, mas também tomaram novos recursos.
Outra estimativa revisada foi a do investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no país de US$ 5 bilhões para US$ 12 bilhões. Esses investimentos foram estimulados por decisão do governo, anunciada no dia 4 deste mês, de isentar de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) as aplicações no país.
Já a projeção para investimento estrangeiro em ações brasileiras, tanto no país como no exterior, foi mantida em US$ 10 bilhões.