Economia

BC japonês vê como necessária a confiança do mercado

Vários membros do comitê de política monetária do Banco do Japão (BOJ, banco central do país) enfatizaram a necessidade de conquistar a confiança dos mercados nas políticas fiscal e monetária japonesas, segundo a ata da reunião do comitê no mês passado, quando foi decidida a manutenção da taxa básica de juros em 0,1% ao ano. […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Vários membros do comitê de política monetária do Banco do Japão (BOJ, banco central do país) enfatizaram a necessidade de conquistar a confiança dos mercados nas políticas fiscal e monetária japonesas, segundo a ata da reunião do comitê no mês passado, quando foi decidida a manutenção da taxa básica de juros em 0,1% ao ano. A observação foi feita num momento em que crescem as preocupações sobre a sustentabilidade da imensa dívida pública do país.

"Alguns membros manifestaram a opinião de que para que determinados países - incluindo o Japão, cuja situação fiscal é grave - possam conduzir medidas apropriadas e ao mesmo tempo assegurar a estabilidade do mercado, tornou-se mais importante manter a confiança dos mercados na condução tanto da política fiscal quanto da política monetária", de acordo com um resumo das discussões da reunião de 25 e 26 de janeiro.

Com a dívida do Japão num nível recorde e com a expectativa de que ela continue a crescer, existe a preocupação no mercado de que as taxas de juros subam fortemente se aumentar o pessimismo acerca da capacidade do governo de manter o serviço da dívida. Horas depois do fim da reunião do comitê, a agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu a perspectiva do rating AA da dívida soberana do Japão de estável para negativa, dizendo que o novo governo não está ajustando as finanças do país tão rapidamente como se esperava.

Os operadores também temem que o banco central japonês seja pressionado a suportar uma carga maior dessa dívida, algo que poderia incentivar o governo a ampliar seu déficit. O BOJ atualmente compra das instituições financeiras, a cada mês, o equivalente a 1,8 trilhão de ienes (US$ 19,795 bi) de bônus do governo (JGB, na sigla em inglês), para aumentar a liquidez do mercado. O presidente do banco central, Masaaki Shirakawa, tem dito que este é um nível apropriado, sugerindo que não quer que o montante seja aumentado.

As informações são da Dow Jones

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBanco CentralDívida públicaInflaçãoJapãoMercado financeiroPaíses ricos

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE