Economia

BC japonês segura afrouxamento e rejeita proposta de estímulo

Sem mudança, banco central do país desapontou quem esperava mais afrouxamento na política monetária do país

Como esperado, o BC japonês manteve a taxa básica de juros inalterada entre zero e 0,1% e se absteve de aumentar seu esquema de compra de ativos (Hannah Johnston/Getty Images)

Como esperado, o BC japonês manteve a taxa básica de juros inalterada entre zero e 0,1% e se absteve de aumentar seu esquema de compra de ativos (Hannah Johnston/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 07h58.

Tóquio - O Banco do Japão -banco central do país- manteve sua política monetária inalterada nesta terça-feira, rejeitando uma proposta solitária de mais estímulos e desapontando aqueles que, nos mercados, pensavam que o banco central poderia continuar com o afrouxamento feito no mês passado com outra ação para aumentar seu impacto.

Em vez disso, o banco central expandiu um esquema de empréstimo para setores em crescimento, em 2 trilhões de ienes (24 bilhões de dólares), para 5,5 trilhões de ienes.

Sob o plano, o BC criou vários novos planos de investimento, incluindo um que utilizará suas reservas em dólar para investimentos e empréstimos denominados em moedas estrangeiras.

Como esperado, o BC japonês manteve a taxa básica de juros inalterada entre zero e 0,1 por cento e se absteve de aumentar seu esquema de compra de ativos após reforçá-lo em 10 trilhões de ienes no mês passado.

"Mesmo que alguns 'players' em mercados internacionais pareçam estar esperando mais afrouxamento, o banco central segurou seu poder de fogo por causa do cenário econômico muito mais favorável", disse o economista-chefe para o Japão do RBS, Junko Nishioka.

Ryuzo Miyao, conhecido como um dos pessimistas da diretoria do banco, propôs aumentar a compra de ativos e o esquema de empréstimos novamente em 5 trilhões de ienes para 70 trilhões de ienes, mas perdeu a votação por 8 a 1.

Alguns parlamentares têm defendido outro "big bang" depois que o afrouxamento surpresa feito no mês passado ajudou a levar o iene para longe de suas recentes máximas, dando aos exportadores japoneses algum espaço para respirar.

O banco central, no entanto, provavelmente sentiu que havia feito o suficiente por enquanto, com o iene bem longe de suas altas recordes, as ações em alta e a dívida da zona do euro retrocedendo.

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