Economia

BC irá mexer na política se economia mudar, diz Kuroda

Presidente do Banco do Japão deixou a porta aberta para dar mais estímulo monetário se necessário para tirar o país da deflação

Homem olha para um painel eletrônico mostrando a imagem do presidente do Banco do Japão (BOJ), Haruhiko Kuroda, em Tóquio (Toru Hanai/Reuters)

Homem olha para um painel eletrônico mostrando a imagem do presidente do Banco do Japão (BOJ), Haruhiko Kuroda, em Tóquio (Toru Hanai/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 09h39.

Tóquio - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que o BC irá mexer na política monetária se as condições econômicas mudarem fortemente no futuro, deixando a porta aberta para dar mais estímulo monetário se necessário para tirar o país da deflação.

Kuroda disse que o BC irá fazer um esforço máximo para conter a volatilidade no mercado de títulos e evitar altas acentuadas nos yields por meio de medidas, como operações de mercado flexíveis.

"O mérito importante da política monetária é mobilidade e flexibilidade", disse Kuroda em audiência parlamentar semestral sobre política monetária nesta quarta-feira.

"Nós não estamos dizendo que, como agimos em 4 de abril, nunca mais iremos agir por dois anos. Se as condições econômicas e financeiras mudarem fortemente e nós julgarmos que a ação de 4 de abril não foi suficiente ou foi excessiva, faremos os ajustes de política necessários", disse ele.

Kuroda disse que os mercados financeiros têm mostrado instabilidade desde o final de maio, com as taxas de juros de longo prazo subindo principalmente devido à ansiedade sobre quando o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, irá interromper a sua política monetária ultrafrouxa.

Mas ele disse esperar que os mercados se estabilizem com o tempo, refletindo a melhora na economia.

O BC japonês divulgou o plano de estímulo mais intenso do mundo em 4 de abril, prometendo dobrar o tamanho de seu balanço patrimonial por meio de compras agressivas de ativos para atingir a meta de 2 por cento de inflação em aproximadamente dois anos.

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