Economia

BC inglês atrela alta futura de juros a queda no desemprego

BC planeja manter a taxa de juros na mínima recorde até que o desemprego caia a 7%


	Sede do Banco da Inglaterra em Londres: autoridades disseram que estão prontas para comprar mais títulos do governo se estímulo adicional for necessário
 (Dan Istitene/Getty Images)

Sede do Banco da Inglaterra em Londres: autoridades disseram que estão prontas para comprar mais títulos do governo se estímulo adicional for necessário (Dan Istitene/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 09h09.

Londres - O Banco da Inglaterra, banco central britânico, planeja manter a taxa de juros na mínima recorde até que o desemprego caia a 7 por cento - algo improvável por mais três anos -, em uma nova e importante postura para a política monetária britânica.

Cerca de um mês depois de o canadense Mark Carney assumir o cargo de presidente do BC no lugar de Mervyn King, o banco central informou nesta quarta-feira que vai manter a taxa de juros em 0,5 por cento a menos que a inflação ameace sair de controle ou houver perigo à estabilidade financeira.

"Até que a margem de ociosidade da economia tenha diminuído significativamente, será apropriado manter a postura atual excepcionalmente de estímulo da política monetária", disse o BC.

Autoridades do BC disseram que estão prontas para comprar mais títulos do governo se estímulo adicional for necessário e que não vão reverter as compras atuais enquanto o desemprego estiver muito alto.

O BC disse ainda que o crescimento deve ser "fraco ante os padrões históricos", mesmo que a recuperação econômica esteja "se consolidando" e a expectativa seja de que a inflação permaneça acima da meta de 2 por cento até a segunda metade de 2015 com base nas expectativas do mercado.

"Tentar fazer a inflação retornar à meta rapidamente demais arrisca prolongar o período em que os recursos da nação são subutilizados", disse o banco central.

Um crescente número de importantes bancos centrais está fornecendo a chamada orientação futura para ajudar suas economias após o dano provocado pela crise financeira.

Para o BC britânico, o desafio é evitar uma alta prematura dos custos de empréstimos em um momento em que sinais de recuperação econômica doméstica e a decisão do Federal Reserve de reduzir o estímulo já começam a elevar as taxas de juros do mercado.

O BC agora estima que a economia vai crescer 0,6 por cento neste trimestre e que o crescimento atingirá uma taxa anual de 2,6 por cento em dois anos, comparado com estimativa de 2,2 por cento há três meses, desde que a atual taxa de juros seja mantida.

A expectativa é que o desemprego caia apenas ligeiramente ante o nível atual de 7,8 por cento, com o banco central esperando que chegue a 7,1 por cento no terceiro trimestre de 2016.

Isso significa que o BC espera deixar a taxa de juros inalterada pelo menos por esse período de tempo, a menos que uma das três condições mude antes.

O BC vai avaliar elevar os juros se seu baixo nível representar uma ameaça à estabilidade financeira, se as expectativas de inflação de médio prazo subirem perigosamente ou se estimar que a inflação em 18 a 24 meses será de 2,5 por cento ou mais.

Acompanhe tudo sobre:EuropaInglaterraJurosPaíses ricos

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE