Economia

BC faz dois leilões de dólares no mercado futuro

Banco Central fez leilões de swap cambial tradicional, operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro

Dólar: leilões de hoje fazem parte da estratégia do BC de injeção diária de dólares no mercado (Susana Gonzalez/Bloomberg)

Dólar: leilões de hoje fazem parte da estratégia do BC de injeção diária de dólares no mercado (Susana Gonzalez/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 11h37.

Brasília - O Banco Central (BC) fez hoje (2) dois leilões de swap cambial tradicional, operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro. Para o vencimento do dia 2 de dezembro deste ano, foram negociados 10 mil contratos no total de US$ 498,4 milhões. No segundo leilão, com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, foram 20 mil contratos, no total de US$ 992,7 milhões.

Os leilões de hoje fazem parte da estratégia do BC de injeção diária de dólares no mercado. Pela programação do BC, de segunda a quinta-feira serão feitos leilões de swap cambial, com oferta de cerca de US$ 500 milhões por dia. Às sextas-feiras, será oferecido até US$ 1 bilhão, por meio dos leilões de venda com compromisso de recompra. Mas quando anunciou essa programação, no dia 22 de agosto, o BC informou que faria leilões adicionais sempre que julgasse apropriado.

No último sábado (31), o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que o Brasil está preparado para enfrentar as oscilações do mercado financeiro global, geradas pela decisão dos Estados Unidos de reduzir estímulos monetários.

Tombini disse que a economia mundial passa por um processo de transição, com a recuperação econômica dos Estados Unidos. “Diga-se de passagem, transição positiva, pois significa que a recuperação da maior economia do mundo está ganhando força e isso representará maior crescimento da economia e do comércio global à frente.”


Apesar das características positivas da transição, Tombini destacou que o processo de normalização das condições monetárias nas economias avançadas gera volatilidade (fortes oscilações), principalmente nos mercados de economias emergentes, como o Brasil. “As economias emergentes são as mais impactadas por essa volatilidade. Sempre foi assim. E não é diferente no caso da economia brasileira.”

Segundo o presidente do Banco Central, a estratégia da instituição é clara: “Usaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir a volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira.” De acordo com Tombini, essa estratégia será usada pelo tempo necessário, até que as condições monetárias sejam normalizadas e haja maior crescimento da economia e do comércio global.

Desde o fim de maio, o sistema financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. Com menos dólares em circulação, a cotação da moeda norte-americana fica mais alta em todo o mundo.

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