Economia

BC: Estimativas para a inflação chegam a 5,67%

É a 18ª semana seguida em que a previsão para o IPCA sobe; meta para este ano é de 4,5%

Rua comercial no Rio de Janeiro: aumento da estimativa para a inflação em 2010 reforça o movimento de alta na taxa de juros (.)

Rua comercial no Rio de Janeiro: aumento da estimativa para a inflação em 2010 reforça o movimento de alta na taxa de juros (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) elevaram pela 18ª semana seguida a projeção para a inflação oficial neste ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,54% para 5,67%, segundo o boletim Focus, divulgado toda segunda-feira. Para 2011, a estimativa permanece em 4,80%.

As projeções para a inflação estão acima do centro da meta, que é de 4,5%. Essa meta tem ainda margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e para isso usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que na avaliação dos analistas deve ficar em 11,75% ao ano, ao final de 2010 e em 11,50%, no fim de 2011. O BC aumenta os juros quando considera que a economia está muito aquecida e a trajetória de inflação é de alta.

O boletim Focus também traz estimativas para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). A projeção para esse índice, neste ano, passou de 8,43% para 8,73%. Em 2011, a expectativa foi mantida em 5%.

Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a estimativa oscilou de 8,56 para 8,75%, em 2010. No próximo ano, os analistas esperam por 5%, contra 4,98% previstos anteriormente.

A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi ajustada de 5,50% para 5,45%. Para 2011, a estimativa para IPC-Fipe permanece em 4,5%.

A expectativa dos analistas para a alta dos preços administrados passou de 3,60% para 3,50%, em 2010, e de 4,53% para 4,60%, em 2011. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.

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