Economia

BC está perto de cumprir meta de inflação em 2016, aponta Focus

Top-5 do levantamento, que reúne as instituições que mais acertam as projeções, já vê o cumprimento do objetivo em 2016

Banco Central: projeção para a alta do IPCA em 2016 caiu 0,17 ponto percentual, a 6,52 por cento (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Banco Central: projeção para a alta do IPCA em 2016 caiu 0,17 ponto percentual, a 6,52 por cento (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 09h23.

São Paulo - O Banco Central está muito perto de atingir a meta de inflação deste ano, de acordo com economistas de instituições financeiras, e aqueles que mais acertam as previsões já veem o BC atingindo o objetivo.

A projeção para a alta do IPCA em 2016 caiu 0,17 ponto percentual, a 6,52 por cento, na pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira. A meta de inflação para este ano é de 4,5 por cento pelo IPCA, com tolerância de 2 pontos percentuais.

Para o ano que vem a projeção passou a uma alta de 4,90 por cento, 0,03 ponto a menos que há uma semana, cumprindo o objetivo estabelecido -- 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto.

O Top-5 do levantamento, que reúne as instituições que mais acertam as projeções, já vê o cumprimento do objetivo em 2016, com a expectativa de médio prazo a 6,49 por cento, contra 6,60 por cento no levantamento anterior. Para 2017 a estimativa é de alta do IPCA de 4,55 por cento.

Em novembro, o IPCA subiu menos do que o esperado ao avançar 0,18 por cento por cento, na menor leitura para o mês desde 1998, acumulando em 12 meses 6,99 por cento.

No no ano que vem, contra 11,25 por cento antes.

A projeção ainda está acima da expectativa geral, que permanece sendo de Selic a 10,5 por cento no próximo ano, com expectativa de um corte de 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Banco Central, em 10 e 11 de janeiro.

Na última reunião, o BC discutiu aumentar o ritmo de cortes da Selic no encontro em que optou por uma redução de 0,25 ponto, para 13,75 por cento, com alguns dos membros defendendo que a evolução favorável da inflação, a aprovação inicial de medidas fiscais e o ritmo fraco da economia justificariam o movimento.

A perspectiva para a atividade econômica piorou no Focus tanto para este ano quanto para o próximo, com a contração do Produto Interno Bruto em 2016 sendo calculada agora em 3,48 por cento, sobre queda de 3,43 por cento antes.

O cenário de recuperação em 2017 voltou a ser abalado, com o crescimento agora sendo estimado em apenas 0,7 por cento, sobre 0,8 por cento.

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