Economia

BC e Tesouro firmam acordo de uso de pagamentos instantâneos

Na prática, o sistema irá facilitar o processo para cidadãos e empresas pagarem taxas à União

Banco Central: instituição fechou parceria com o Tesouro Nacional (//Getty Images)

Banco Central: instituição fechou parceria com o Tesouro Nacional (//Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 18h02.

O Banco Central e o Tesouro Nacional firmaram nesta terça-feira, 18, um acordo para que o Tesouro possa usar o sistema de pagamentos instantâneos, que está sendo criado pela autoridade monetária, com o Guia de Recolhimento da União (GRU). Na prática o sistema irá facilitar o processo de pagamento de cidadãos e empresas de taxas para a União.

O anúncio foi feito pelo chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Angelo Duarte, na 7ª reunião do Fórum Pagamentos Instantâneos (Fórum PI), realizado na parte da tarde desta terça no auditório do Insper, em São Paulo.

Na sequência, o subsecretário de Gestão Fiscal do Tesouro, Adriano Pereira de Paula, explicou que o órgão já está rodando o projeto piloto que vai substituir a GRU da maneira que é apresentada atualmente.

Segundo Pereira de Paula, o universo que será atingido com essa nova forma de recolhimento é "gigantesco", já que são mais de 3.200 órgãos que fazem recolhimento para o governo federal. Pereira Paula informou que foram arrecadados em 2019 cerca de R$ 120 bilhões via GRU.

O cronograma é a partir de abril começar a operar o sistema, com o credenciamento de instituições financeiras, e em novembro, com o lançamento oficial do sistema de pagamentos instantâneos do BC nomeado de PIX, o Tesouro vai passar a usar todas as funcionalidades possíveis.

Hoje, o PagTesouro, plataforma de pagamentos para o Governo, já existe, mas só há duas funções: o débito online e a emissão do boleto. "Em novembro, vamos atualizar e disponibilizar o maior número de instrumentos possíveis do Governo Federal com o sistema financeiro", disse Pereira de Paula.

Um exemplo dado pelo subsecretário de Gestão Fiscal do Tesouro para mostrar como o novo sistema pode facilitar a vida do cidadão é o pagamento da taxa para a emissão do passaporte. Hoje é preciso pagar a taxa, esperar a compensação da guia e só depois agendar a ida à Polícia Federal para dar início ao processo. Com o sistema, Pereira de Paula disse que a expectativa é que esses três passos ocorram simultaneamente.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralTesouro Nacional

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo