Economia

BC do Japão promete cumprir meta de inflação

Os dois novos vice-presidentes do banco central do Japão mostraram sinais de flexibilidade na política monetária

BC do Japão: banco promete cumprir a meta de inflação de 2 por cento o mais rápido possível (Toru Hanai/Reuters)

BC do Japão: banco promete cumprir a meta de inflação de 2 por cento o mais rápido possível (Toru Hanai/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de março de 2018 às 10h08.

Tóquio - Os dois novos vice-presidentes do banco central do Japão prometeram nesta terça-feira cumprir a meta de inflação de 2 por cento o mais rápido possível, mas ambos mostraram sinais de flexibilidade na política monetária.

Masazumi Wakatabe, um acadêmico conhecido como defensor do estímulo monetário agressivo, disse ser possível que ele renove seus conhecimentos e decisões sobre política monetária agora que é um dos novos vice-presidentes do Banco do Japão.

Masayoshi Amamiya, um funcionário de carreira do banco central, disse que é possível debater com o presidente Haruhiko Kuroda sobre a política monetária, sugerindo que ele está aberto a expressar opiniões que diferem daquelas do chefe do banco central.

As observações dos dois mais novos membros da diretoria do Banco do Japão destacam a difícil tarefa que o banco central enfrenta na manutenção do seu enorme programa de estímulo diante de uma inflação fraca ao consumidor e de preocupações de que esteja começando a distorcer os mercados financeiros.

"Não vou mudar minhas opiniões apenas porque sou vice-presidente", disse Wakatabe. "É possível que eu renove meus conhecimentos e decisões sobre política monetária agora que estou dentro do banco central e tenho acesso a dados diferentes. Na verdade, espero que isso aconteça".

O afrouxamento monetário do Banco do Japão tem ajudado a aumentar o empréstimo bancário e o investimento corporativo, mas os preços ao consumidores não vêm subindo com força.

Muitos economistas temem que a estrutura da política monetária do Banco do Japão seja insustentável e o próximo teste será como o banco central pode reduzir seu estímulo sem prejudicar os mercados financeiros.

Tanto Wakatabe quanto Amamiya minimizaram essas preocupações na terça-feira e enfatizaram que o Banco do Japão precisa manter sua estrutura atual porque a meta de preços de 2 por cento ainda está distante.

"É importante continuar com um poderoso afrouxamento monetário para alcançar uma melhora no hiato do produto", disse Amamiya.

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