Economia

BC do Japão diz que não vai hesitar sobre política monetária

Um mercado de trabalho mais apertado vai elevar os salários e sustentar os gastos das famílias, disse autoridade

O vice-presidente do Banco Central do Japão, Kikuo Iwata (REUTERS/Toru Hanai)

O vice-presidente do Banco Central do Japão, Kikuo Iwata (REUTERS/Toru Hanai)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 09h04.

Okayama - O banco central do Japão está preparado para afrouxar a política monetária novamente se mais deterioração das economias emergentes prejudicar a ampla tendência de alta da inflação japonesa, disse o vice-presidente do banco, Kikuo Iwata, nesta quarta-feira.

Iwata expressou confiança de que a economia japonesa está a caminho de atingir a meta do banco central de inflação de 2 por cento, e atribuiu as recentes quedas nos preços aos consumidores ao declínio dos custos da energia.

Um mercado de trabalho mais apertado vai elevar os salários e sustentar os gastos das famílias, enquanto as companhias estão usando seus lucros corporativos recordes em gastos de capital, disse ele.

Mas Iwata alertou que há "fortes riscos de baixa" na perspectiva de exportações e produção, devido à desaceleração do crescimento entre as economias emergentes.

"O risco mais significativo no momento é a possibilidade de mais desaceleração nas economias emergentes... exercer efeitos negativos sobre a economia japonesa e pesar sobre a tendência básica da inflação", disse Iwata em um discurso a líderes empresariais em Okayama.

"Se tais riscos se materializarem e ameaçarem a tendência básica da inflação, o banco central vai ajustar sua política sem hesitação." Iwata disse que o banco central japonês pode manter sua política monetária no momento, desde que a chance de tais riscos aumentarem acentuadamente forem baixas no futuro próximo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBanco CentralInflaçãoJapãoMercado financeiroPaíses ricos

Mais de Economia

Governo corta verbas para cultura via Lei Aldir Blanc e reduz bloqueio de despesas no Orçamento 2024

Governo reduz novamente previsão de economia de pente-fino no INSS em 2024

Lula encomenda ao BNDES plano para reestruturação de estatais com foco em deficitárias

Pacheco afirma que corte de gastos será discutido logo após Reforma Tributária