Economia

BC do Japão descarta chance de afrouxamento monetário adicional

Banco manteve a promessa de guiar os juros de curto prazo em -0,1%, e os rendimentos dos títulos do governo de 10 anos em torno de 0%

Presidente do banco central do Japão descartou nesta sexta-feira a chance de afrouxamento monetário adicional (Yuriko Nakao/Reuters)

Presidente do banco central do Japão descartou nesta sexta-feira a chance de afrouxamento monetário adicional (Yuriko Nakao/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de março de 2019 às 08h36.

Tóquio - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, descartou nesta sexta-feira a chance de afrouxamento monetário adicional, mesmo após a intensificação dos riscos externos ter forçado o Banco do Japão a moderar o otimismo de que as exportações e produção industrial robustas sustentarão o crescimento.

Kuroda também minimizou os crescentes pedidos de políticos e executivos de bancos para elevar os juros ou reduzir a meta de inflação de 2 por cento para aliviar a pressão das taxas ultrabaixas por um período prolongado sobre os lucros das instituições financeiras.

"Não vejo necessidade de mudar a meta, ou acreditar que fazer isso seria desejável", disse Kuroda a repórteres após a esperada decisão do banco central de manter a política monetária.

O Banco do Japão manteve a promessa de guiar os juros de curto prazo em -0,1 por cento, e os rendimentos dos títulos do governo de 10 anos em torno de zero por cento.

Também disse que continuará a comprar títulso do governo japonês.

Em um aceno aos riscos elevados, o banco central piorou sua avaliação sobre economias externas, dizendo que elas mostram sinais de desaceleração. Também revisou para baixo sua visão sobre exportações e produção.

Kuroda reconheceu os desafios que a economia enfrenta, mas não deu indicações de que haverá qualquer estímulo adicional.

"É verdade que as exportações e produção do Japão estão sendo afetadas pela desaceleração do crescimento no exterior", disse Kuroda. "Por outro lado, a demanda doméstica continua a crescer. Assim, mantemos nossa visão básica de que a economia está expandindo moderadamente."

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