Economia

BC do Japão avaliará subir meta de inflação a 2%

Primeiro-ministro adotou uma postura rara mas direta por uma meta de inflação mais alta


	Sede do Banco Central do Japão, em Tóquio
 (Creative Commons)

Sede do Banco Central do Japão, em Tóquio (Creative Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 07h21.

TÓQUIO - O Banco do Japão, banco central do país, vai afrouxar a política monetária nesta semana e avaliar a adoção, até janeiro, de uma meta de inflação de 2 por cento, disseram fontes, respondendo à pressão do próximo primeiro-ministro, Shinzo Abe, por esforços mais fortes para superar a deflação.

Esquentando a discussão, Abe adotou uma postura rara mas direta por uma meta de inflação mais alta quando o presidente do BC, Masaaki Shirakawa, visitou o escritório do Partido Democrata Liberal (LDP, na sigla em inglês) na terça-feira.

"Eu disse a ele que durante minha campanha eleitoral, pedi um acordo de política com o BC e uma meta de inflação de 2 por cento", disse Abe a repórteres. "O presidente apenas ouviu", completou ele quando questionado sobre como Shirakawa respondeu.

O LPD assumiu o poder na eleição de domingo na Câmara depois de fazer uma campanha por gastos fiscais maiores para reanimar a economia e por afrouxamento montário "ilimitado" para alcançar uma inflação mais alta em um país que enfrenta deflação há 15 anos.

Um dia depois da eleição, Abe convocou o BC a aumentar seu estímulo monetário em uma reunião de dois dias que acaba na quinta-feira e pressionou para dobrar, já no próximo mês, a meta de inflação para 2 por cento.

Sob pressão, o banco central deve afrouxar a política nesta semana em meio a riscos às perspectivas econômicas do Japão, disseram à Reuters fontes familiares ao assunto, e também pode começar a debater como cumprir os pedidos de Abe para uma meta de inflação mais alta.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaJapãoPaíses ricos

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte