Economia

BC japonês afrouxa política monetária com desaceleração

O Banco do Japão ampliou em 10 trilhões de ienes o programa de compra de ativos e empréstimo, para 80 trilhões de ienes

Masaaki Shirakawa, diretor do BoJ, em coletiva (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Masaaki Shirakawa, diretor do BoJ, em coletiva (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2012 às 18h11.

Tóquio - O Banco do Japão afrouxou a política monetária nesta quarta-feira ao impulsionar as compras de ativos, uma vez que a desaceleração da demanda global e as tensões com a China afetam as chances de uma recuperação no curto prazo.

O BC ampliou em 10 trilhões de ienes (127 bilhões de dólares) o programa de compra de ativos e empréstimo, para 80 trilhões de ienes.

Esse programa atualmente é a principal ferramenta do BC para afrouxamento monetário, e o aumento que ele terá se destinará para compras de títulos do governo e notas do Tesouro com desconto.

O prazo para cumprir a meta geral foi ampliado em seis meses, para dezembro de 2013.

Como esperado, o BC do Japão manteve sua principal taxa de juros entre zero e 0,1 por cento.

O BC determinou uma meta de inflação de 1 por cento e afrouxou a política em fevereiro, decidindo em seguida por outro aumento em compras de ativo em abril. Desde então permaneceu sem agir, julgando que a economia do Japão iria em breve retomar a recuperação com o suporte dos gastos para reconstrução após o terremoto do ano passado.

Mas autoridades do banco central mostraram-se menos convencidas de uma recuperação no curto prazo devido a crescentes sinais de fraqueza nas exportações e produção. Os protestos contra o Japão na China, que devem afetar as exportações japonesas nos próximos meses, ampliaram os riscos à frágil economia, disseram analistas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise econômicaCrises em empresasJapãoPaíses ricosPolítica monetária

Mais de Economia

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados