Economia

BC deve parar em breve alta de juros, diz Barros

Para economista-chefe do Bradesco, o recente ciclo de apreciação do real ante o dólar é um fator que ajuda no curto prazo a conter a alta dos preços


	Copom: BC vai observar evolução de dados econômicos à luz de todo o movimento substancial que já realizou, ao elevar a taxa de 7,25% para 11% ao ano nesse período, disse economista
 (Elza Fiúza/ABr)

Copom: BC vai observar evolução de dados econômicos à luz de todo o movimento substancial que já realizou, ao elevar a taxa de 7,25% para 11% ao ano nesse período, disse economista (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 15h43.

São Paulo - O economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, afirmou nesta quarta-feira, 09, depois de proferir palestra promovida pelo Bradesco BBI, que o Banco Central poderá "talvez" realizar mais uma elevação da Selic em maio ou mesmo ter parado neste mês o movimento de aperto monetário iniciado em abril de 2013.

"O BC deve parar em breve a alta de juros. Ele vai observar a evolução dos dados econômicos à luz de todo o movimento substancial que já realizou, ao elevar a taxa de 7,25% para 11% ao ano nesse período", destacou.

Para Barros, o recente ciclo de apreciação do real ante o dólar é um fator que ajuda no curto prazo a conter a alta dos preços.

"Valorização do câmbio no curto prazo é fruto de confiança de investidores no país", destacou. Ele prevê uma taxa de R$ 2,40 para o final deste ano.

Inflação

Octávio de Barros afirmou ainda que o Bradesco alterou sua projeção para o IPCA em 2014, de alta de 6,00% para 6,30%.

"Entre os fatores que contribuíram para essa alteração estão os reajustes de distribuidoras do setor elétrico, como Cemig, e o resultado da inflação de março", destacou.

O indicador de preços ao consumidor subiu 0,92% no mês passado, o que levou a taxa para 6,15% no acumulado em 12 meses.

PIB

Barros disse também que "é possível, sim, o Brasil crescer 2% neste ano", inclusive porque ocorreu uma evolução do nível de atividade no começo de 2014. "O PIB deve ter avançado perto de 0,5% no primeiro trimestre, na margem", destacou.

Ele estima que um dos elementos que vão colaborar para isso são as concessões públicas, que serão parte importante dos incremento dos investimentos neste ano. Na sua avaliação, a Formação Bruta de Capital Fixo deverá subir 4% em 2014.

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