Economia

BC da Inglaterra reduz crescimento a médio prazo

A economia britânica entrou em sua segunda recessão em quatro anos no final de 2011

Mulher carregando bolsa decorada com bandeira da Grã-Bretanha passa em frente ao Banco da Inglaterra, em Londres (Andrew Winning/Reuters)

Mulher carregando bolsa decorada com bandeira da Grã-Bretanha passa em frente ao Banco da Inglaterra, em Londres (Andrew Winning/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2012 às 08h15.

Londres - O Banco da Inglaterra reduziu com força sua perspectiva de crescimento a médio prazo da economia britânica devido a preocupações de que os fatores que afetam o crescimento desde a crise financeira podem ser mais duradouros do que imaginado inicialmente.

Em seu relatório trimestral de inflação, o BC britânico disse que o crescimento em dois anos deve ficar em torno de 2 por cento ao ano, ante estimativa de 2,67 por cento há apenas três meses.

Isso marca uma ruptura com estimativas anteriores do BC, que normalmente mostra fortes recuperações do crescimento, mesmo após uma fraqueza no curto prazo.

"O crescimento do PIB no segundo semestre do período estimado deve mais provavelmente ficar abaixo do que acima de sua taxa média histórica. Essa perspectiva é mais fraca do que no relatório de maio, refletindo a possibilidade de que os fatores que contribuem para a fraqueza do crescimento desde a crise financeira podem persistir", disse o relatório.

A economia britânica entrou em sua segunda recessão em quatro anos no final de 2011, conforme a crise da dívida da zona do euro e medidas de austeridade do governo pesavam cada vez mais sobre a economia.

Dados oficiais no mês passado mostraram que a produção recuou 0,7 por cento no segundo trimestre de 2012, uma vez que o tempo úmido incomum e um feriado público extra piorou os problemas.

O BC disse que a economia britânica deve acelerar modestamente no curto prazo, devido a um crescimento da receita real como resultado da inflação menor e dos benefícios de compras de ativos.

A inflação atingiu um pico de três anos de 5,2 por cento em setembro do ano passado, mas caiu com força desde então, recuando para 2,4 por cento em junho. O BC estima que a inflação cairá mais no curto prazo, para cerca de 2,1 por cento nos últimos três meses de 2012, mas pode então subir ligeiramente antes de ficar abaixo de 2 por cento a partir do final de 2013.

Entretanto, o BC disse estar mais preocupado do que antes de que o crescimento fraco não irá necessariamente baixar a inflação. Isso é algo que limitaria sua capacidade de estimular a economia no futuro.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEuropaPaíses ricosReino Unido

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos