Economia

BC da Grécia diz que país precisa aderir a resgate

A instituição vê a economia do país de 215 bilhões de euros presa em uma recessão pelo quinto ano consecutivo em 2012

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 13h51.

Atenas - A Grécia precisa aderir estritamente às reformas acertadas com seus credores internacionais para trazer de volta a confiança do mercado e ajudar a economia a se recuperar, informou o banco central do país nesta segunda-feira em seu relatório de política monetária anual.

A forma como a Grécia se arrastou na aplicação de medidas requeridas pelos parceiros da zona do euro e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como parte de um primeiro plano de resgate em 2010 significou que Atenas falhou em atingir os alvos, resultando em dúvidas no mercado e ações corretivas.

"O fator mais crítico a determinar o sucesso do programa é sua implementação rigorosa. Existem muitas dificuldades e problemas que precisam ser enfrentados, mas na análise final os alvos são atingíveis e o programa pode ser bem-sucedido", trouxe o relatório.

O Banco da Grécia estima que a queda nos gastos unitários do trabalho junto com a atenuação de pressões sobre os preços ajudará o país a retomar até 75 por cento da competitividade da economia, perdidos depois de Atenas aderir à zona do euro, em 2001, até 2009, quando teve início a crise da dívida.

A instituição vê a economia do país de 215 bilhões de euros presa em uma recessão pelo quinto ano consecutivo em 2012, com o Produto Interno Bruto (PIB) se contraindo 4,5 por cento e a taxa de desemprego atingindo 19 por cento.

A recuperação pode começar no próximo ano, embora para 2013 como um todo a previsão é de que o PIB tenha queda de 0,5 por cento.

"O retorno mais rápido da economia com crescimento positivo do PIB é a chave para se atingir as metas que foram acertadas", informou o Banco da Grécia. "Um pré-requisito para o avanço é restaurar a confiança no futuro da economia", acrescentou o relatório.

A instituição prevê alívio da inflação ao consumidor a 1 por cento este ano, com abrandamento para 0,5 por cento em 2013.

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