Economia

BC listará imóveis e carros dados como garantia de crédito

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje resolução para criar um sistema público de garantias de crédito

Atualmente, as instituições financeiras têm um sistema privado em que listam os bens dados como garantia pelos clientes (Divulgação/Banco Central)

Atualmente, as instituições financeiras têm um sistema privado em que listam os bens dados como garantia pelos clientes (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2012 às 22h25.

Brasília – Os bancos terão de repassar ao Banco Central (BC) todas as informações de imóveis e veículos dados como garantia por quem pega empréstimos e financiamentos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (24) resolução para criar um sistema público de garantias de crédito.

De acordo com o chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central (BC), Sérgio Odilon dos Anjos, o novo sistema ajudará a evitar fraudes, à medida que evitará que um mesmo bem seja oferecido mais de uma vez como garantia. “As diferentes instituições poderão consultar os dados e verificar a situação do bem dado como garantia”, declarou.

Atualmente, as instituições financeiras têm um sistema privado em que listam os bens dados como garantia pelos clientes. Com isso, o Banco Central precisa requerer aos bancos que lhe informem sobre o registro dessas garantias.

O novo sistema, informou Odilon, não beneficiará apenas o Banco Central, que poderá ter acesso instantâneo a informações unificadas. Para ele, a ferramenta será importante para reduzir o custo dos empréstimos e reduzir ainda mais os juros cobrados dos clientes. “Esse sistema de registro trará mais segurança e qualidade às operações de crédito, que é vital para a redução das taxas finais”, avaliou.

Como o novo modelo de registro precisa de regulamentação do Banco Central, ainda não há prazo para o sistema entrar em vigor. Segundo Odilon, o órgão primeiro regulamentará o registro de veículos. “O registro de imóveis é mais complicado e demandará mais tempo”, admitiu.

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