Skaf: "O emprego não está reagindo. Continuamos com 14 milhões de desempregados" (Jane de Araújo/Agência Senado/Agência Senado)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de julho de 2017 às 19h59.
Última atualização em 26 de julho de 2017 às 20h01.
São Paulo - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) avalia que ao cortar a taxa básica de juros, a Selic, em um ponto porcentual nesta quarta-feira, 26, o Banco Central está reduzindo o indicador em ritmo "muito mais devagar do que poderia", afirma nota assinada pelo presidente da entidade, Paulo Skaf.
Para o presidente da Fiesp, a inflação está em queda e a projeção do mercado é de que o IPCA deve encerrar o ano em 3,3%, ou seja, abaixo da meta do Banco Central, de 4,5%.
"Além disso, a retomada do crescimento é fraca", ressalta o executivo na nota enviada à imprensa após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
"O emprego não está reagindo. Continuamos com 14 milhões de desempregados."
"O BC está com a preocupação errada. A inflação está sob controle", afirma Skaf.
"O que o Brasil precisa, no momento, é retomar o crescimento e gerar novos empregos. E isso só vai acontecer com juros mais baixos."
Já o Sistema Firjan, que reúne as indústrias do Estado do Rio de Janeiro, considerou a decisão do Copom "acertada".
Em nota à imprensa, a entidade ressalta que, além de a inflação estar abaixo da meta, há muita ociosidade na indústria e o mercado de trabalho segue fraco.
"Há espaço para queda significativa da taxa de juros."
Ao comentar a decisão do Copom, a Firjan aproveita para criticar a decisão do governo de elevar tributos para tentar cumprir a meta fiscal de 2017.
Para a entidade, esta estratégia será negativa para a recuperação da economia.