Economia

BC chinês alimenta temores de controle rigoroso da inflação

Banco permitiu o enxugamento de dinheiro do sistema financeiro, gerando um salto nas taxas de curto prazo


	Notas de iuane: China também ampliou as opções de financiamento para os governo locais e para empresas do setor imobiliário concedendo a elas acesso para o mercado de títulos interbancário
 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Notas de iuane: China também ampliou as opções de financiamento para os governo locais e para empresas do setor imobiliário concedendo a elas acesso para o mercado de títulos interbancário (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 08h15.

Pequim/Xangai - O banco central da China alimentou temores nesta quinta-feira de que está controlando rigorosamente os riscos de inflação, pois permitiu o enxugamento de dinheiro do sistema financeiro, gerando um salto nas taxas de curto prazo.

A ação do Banco do Povo da China, banco central do país, ocorreu em um momento no qual Pequim acelera seus esforços para conter a alta nos preços de imóveis na capital em uma tentativa de acalmar o crescente descontentamento com os preços de moradias da cidade, que estão em máxima recorde.

A China também ampliou as opções de financiamento para os governo locais e para empresas do setor imobiliário concedendo a elas acesso para o mercado de títulos interbancário, a fim de financiar moradias viáveis, uma prioridade de líderes chineses, disseram fontes à IFR, publicação da Thomson Reuters.

Dados de moradias nesta semana têm levantado novas preocupações sobre bolhas imobiliárias em algumas das principais cidades, o que pode elevar a inflação ao consumidor --que já está na máxima em sete meses-- e aumentar as críticas de que os preços das casas estão cada vez mais fora do alcance do cidadão chinês comum.

O economista-chefe para a China do JP Morgan em Hong Kong, Zhu Haibin, argumentou que as condições mais apertadas já não são tão necessárias. Uma aceleração na economia provavelmente deixou o banco central mais tranquilo sobre elevar as taxas sem prejudicar o crescimento.


"Isso aumentará a determinação do BC chinês pela normalização do crédito, pela redução de crédito. A política nos últimos dias, de modo geral, tem sido bem frouxa, com o crescimento do crédito bem maior do que o Produto Interno Bruto (PIB) nominal", disse Zhu.

O banco central, que gerou pânico no mercado em junho ao elaborar um aperto de crédito, não participou nesta quinta-feira das operações programadas do mercado de crédito pela terceira vez seguida. O BC já enxugou mais de 157 bilhões de iuanes (26 bilhões de dólares) dos mercados de crédito desde a semana de 30 de setembro.

Em resposta, a taxa de operações compromissadas de sete dias da China --uma referência para financiamentos de curto prazo-- abriram em alta de quase 1 ponto percentual, a 5 por cento.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaInflaçãoMoedas

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE