Banco da Inglaterra: Comitê de Política Monetária do BC manteve sua taxa referencial de juros em 0,5% (Ben Stansall/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2014 às 09h30.
Londres - O Banco da Inglaterra, banco central britânico, manteve sua <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/taxas">taxa</a></strong> de <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/juros">juros</a></strong> em mínima recorde nesta quinta-feira, mas o ritmo da recuperação da Grã-Bretanha provavelmente irá dividir logo suas autoridades sobre quando começar a retirar o apoio da economia.</p>
O Comitê de Política Monetária do BC manteve sua taxa referencial de juros em 0,5 por cento, o mesmo nível desde o pior da crise financeira há mais de cinco anos, e não divulgou uma comunicado após a decisão.
Com poucos sinais de uma desaceleração na surpreendentemente forte recuperação da Grã-Bretanha de um longo período de estagnação após a crise, algumas autoridades do BC britânico devem começar a votar, nos próximos meses, a favor de uma primeira elevação dos juros desde 2007.
Há uma ampla expectativa de que o BC comece a elevar taxas no final deste ano ou no começo de 2015, provavelmente antes do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que na quarta-feira detalhou como planeja fazer sua própria saída da era de política monetária ultraexpansionista.
A libra atingiu uma máxima de quase seis anos contra uma cesta de moedas na semana passada, com grandes grupos de varejo como a Burberry e a Associated British Foods citando na quinta-feira pressões provocadas pela libra forte.
Também tem havido lembretes de que a economia está longe de entrar no ritmo que sustentaria o crescimento no longo prazo.
Dados nesta quinta-feira mostraram que o déficit comercial da Grã-Bretanha aumentou inesperadamente, destacando como as exportações não conseguiram acelerar como esperado pelo BC e pelo governo.
E o crescimento salarial ainda é fraco, sugerindo que a economia pode crescer mais sem correr o risco de a inflação acelerar.