Banco da Inglaterra: Comitê de Política Monetária do BC manteve a taxa de juros em 0,5 por cento, como era esperado por todos economistas (Paul Hackett/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 09h43.
Londres - O Banco da Inglaterra, banco central britânico, deixou a política monetária inalterada nesta quinta-feira, mantendo seu plano de deixar as taxas de juros na mínima recorde até que a rápida e surpreendente recuperação da Grã-Bretanha se estabeleça de modo mais firme.
A Grã-Bretanha transitou de uma economia fraca para umas das líderes em termos de crescimento entre as maiores do mundo no ano passado.
A economia está crescendo em ritmo de mais de 3 por cento em termos anualizados, embora haja preocupações de que a recuperação pode mostrar-se insustentável, especialmente com o aumento de salários permanecendo fraco.
O BC britânico informou em agosto que não irá cogitar a elevação das taxas até que o desemprego caia para 7 por cento. Desde então, o desemprego mostrou redução muito mais rápida do que o BC esperava, levantando dúvidas sobre por quanto tempo pode evitar elevar as taxas.
Mas a inflação também desacelerou para perto da meta de 2 por cento, reduzindo a pressão sobre o BC.
Na reunião de dois dias que terminou nesta quinta-feira, o Comitê de Política Monetária do BC manteve a taxa de juros em 0,5 por cento, como era esperado por todos os economistas que participaram de pesquisa da Reuters.
O comitê também manteve seu programa de compra de ativos em 375 bilhões de libras (618 bilhões de dólares), e não emitiu comunicado após o anúncio.
A recuperação na economia da Grã-Bretanha contrasta com a situação na zona do euro, sua principal parceira comercial, onde o Banco Central Europeu (BCE) deve usar a entrevista coletiva nesta quinta-feira para relembrar aos investidores que pode afrouxar a política ainda mais.
O presidente do BC britânico, Mark Carney, tem buscado minimizar a especulação sobre um aumento das taxas em breve, destacando que a economia britânica permanece 2 por cento menor do que antes da crise financeira, ao contrário de muitos outros países industrializados que agora são maiores do que em 2008.
Atualizado às 10h43