Economia

BC britânico descarta política com foco em PIB e inflação

A ideia de mudar o direcionamento da política monetária havia sido ventilada pelo próximo presidente do banco


	Fachada do Banco da Inglaterra: instituição arriscaria ao sinalizar que não leva a inflação mais tão a sério, disse Martin Weale
 (Ben Stansall/AFP)

Fachada do Banco da Inglaterra: instituição arriscaria ao sinalizar que não leva a inflação mais tão a sério, disse Martin Weale (Ben Stansall/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2013 às 16h03.

Coventry - Um executivo do Banco da Inglaterra disse neste sábado que não apoia a ideia de mudar a área da atuação do banco central para se concentrar numa mistura de inflação e crescimento.

Martin Weale, um dos nove membros do Comitê de Política Monetária do banco, disse que adotar uma meta para o Produto Interno Bruto (PIB) nominal no atual ambiente de baixo crescimento econômico poderia aumentar a inflação e as expectativas inflacionárias.

A especulação sobre uma possível mudança no foco do Banco da Inglaterra, de inflação para PIB nominal, aumentou no fim do ano passado quando o próximo presidente do banco, o canadense Mark Carney, mencionou a ideia em um discurso.

Desde então, Carney sugeriu que não apoia tal mudança no banco ao qual ele deve se juntar em julho.

Weale, que estudou PIB nominal nos anos 80, disse que o BC inglês arriscaria ao sinalizar que não está mais levando a inflação tão a sério quanto antes, especialmente num momento em que o aumento de preços está se mantendo persistentemente acima da meta de dois por cento do banco.

"Mudar a meta porque a inflação está acima do esperado seria certamente entendido como desistir da inflação ou, pelo menos, parar de levá-la a sério, e vejo isso como um problema também," ele disse.

Ao falar com estudantes durante uma conferência sobre economia organizada pela Universidade de Warwick, Weale disse que espera que a chegada de Carney traga mudanças para o BC, embora ele tenha se recusado a falar em detalhes de quais podem ser essas mudanças.

"Obviamente, em cada empresa, quando há uma mudança... no chefe, então as coisas mudam," disse ele, respondendo à uma pergunta.

"O Banco da Inglaterra existe desde 1694 e desde então tem seguido uma série de políticas diferentes, usando diferentes instrumentos que refletem as circunstâncias e eu certamente não gostaria de sugerir que esse processo de inovação deve ter chegado ao fim." (Editado por Jason Webb)

Acompanhe tudo sobre:BancosEuropaFinançasPaíses ricosReino Unidosetor-financeiro

Mais de Economia

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados