Economia

BC britânico decide não reiniciar compras de títulos

Comitê de Política Monetária optou por não ampliar os £ 375 bilhões de títulos do governo comprados com dinheiro recém-criado


	Fachada do Banco da Inglaterra, em Londres: comitê deixou inalterada a taxa de juros na mínima recorde de 0,5%
 (Ben Stansall/AFP)

Fachada do Banco da Inglaterra, em Londres: comitê deixou inalterada a taxa de juros na mínima recorde de 0,5% (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 09h50.

Londres - O Banco da Inglaterra, banco central britânico, decidiu nesta quinta-feira não injetar mais dinheiro na economia, no que deve ter sido uma decisão disputada.

O Comitê de Política Monetária do banco central optou por não ampliar os 375 bilhões de libras de títulos do governo comprados com dinheiro recém-criado entre março de 2009 e outubro de 2012. Também deixou inalterada a taxa de juros na mínima recorde de 0,5 por cento.

Pesquisa da Reuters junto a economistas na semana passada mostrou uma chance de 40 por cento de o banco optar por mais "quantitative easing" (afrouxamento quantitativo) nesta semana e uma chance de 60 por cento antes que o ano termine.

No mês passado, três autoridades votaram inesperadamente para reiniciar o programa de compra de títulos. Os detalhes da votação na reunião de dois dias em março, concluída nesta quinta-feira, só serão divulgados em um prazo de duas semanas.

A economia britânica está à beira de sua terceira recessão em quatro anos, embora dados sólidos do setor de serviços na terça-feira sugiram que pode haver um crescimento modesto nos três primeiros meses deste ano.

Além disso, a inflação está em 2,7 por cento e o banco central prevê que demoraria três anos para retornar à meta.

No mês passado, Mervyn King, presidente do BC inglês, e o especialista em mercados Paul Fisher se juntaram ao membro do Comitê de Política Monetária David Miles para apoiar uma compra de ativos de mais 25 bilhões de libras, e desde então outros membros parecem abertos a mais estímulos.

Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que uma forte alta na taxa de juros provocaria um dano "inimaginável" à economia.

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