Economia

BC avalia reduzir compulsório para aumentar oferta de crédito imobiliário, diz diretor

Apesar disso, diretor de Fiscalização, Ailton de Aquino Santos, afirmou que não há um prazo para decisão da diretoria colegiada sobre o tema

Sede do Banco Central, em Brasília (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Sede do Banco Central, em Brasília (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 6 de junho de 2024 às 12h43.

Última atualização em 6 de junho de 2024 às 14h15.

O diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino Santos, afirmou nesta quinta-feira, 6, que a diretoria colegiada avalia o pleito do mercado para reduzir os depósitos compulsórios das instituições financeiras para aumentar a oferta de crédito imobiliário. Entretanto, ele disse que não há um prazo para que uma eventual decisão seja tomada.

"O pleito [para redução do compulsório] está no Banco Central. As análises seguem os prazos normais. E o BC não se furta a conversar com o mercado", disse.

Os depósitos compulsórios incidem sobre as cadernetas de poupança, que são fonte de financiamento para o mercado habitacional. Na prática, ao liberar uma parcela dos depósitos compulsórios das cadernetadas, o BC abriria espaço para a concessão de mais empréstimos imobiliários com recursos da poupança. E essa decisão é exclusiva do BC.

Análise técnica é da diretoria de Política Monetária

Santos também explicou que a análise técnica formal sobre o assunto é da diretoria de Política Monetária, comandada por Gabriel Galípolo. Apesar disso, diante da importância do assunto, existem discussões na diretoria colegiada sobre o tema, disse o diretor.

"[O debate sobre o compulsório] está no âmbito da diretoria do diretor Galípolo, mas dada a importância do tema isso é discutido pela diretoria colegiada. Todos os pleitos são meritórios e vamos avaliar da mesma forma e no seu tempo", afirmou.

Como mostrou a EXAME, o pleito para redução foi apresentado pelo Ministério da Fazenda ao BC e a medida é de interesse, sobretudo da Caixa e do Bradesco, principais bancos que oferecem essa linha de crédito no país. 

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