Sede do Banco Central, em Brasília (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 6 de junho de 2024 às 12h43.
Última atualização em 6 de junho de 2024 às 14h15.
O diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino Santos, afirmou nesta quinta-feira, 6, que a diretoria colegiada avalia o pleito do mercado para reduzir os depósitos compulsórios das instituições financeiras para aumentar a oferta de crédito imobiliário. Entretanto, ele disse que não há um prazo para que uma eventual decisão seja tomada.
"O pleito [para redução do compulsório] está no Banco Central. As análises seguem os prazos normais. E o BC não se furta a conversar com o mercado", disse.
Os depósitos compulsórios incidem sobre as cadernetas de poupança, que são fonte de financiamento para o mercado habitacional. Na prática, ao liberar uma parcela dos depósitos compulsórios das cadernetadas, o BC abriria espaço para a concessão de mais empréstimos imobiliários com recursos da poupança. E essa decisão é exclusiva do BC.
Santos também explicou que a análise técnica formal sobre o assunto é da diretoria de Política Monetária, comandada por Gabriel Galípolo. Apesar disso, diante da importância do assunto, existem discussões na diretoria colegiada sobre o tema, disse o diretor.
"[O debate sobre o compulsório] está no âmbito da diretoria do diretor Galípolo, mas dada a importância do tema isso é discutido pela diretoria colegiada. Todos os pleitos são meritórios e vamos avaliar da mesma forma e no seu tempo", afirmou.
Como mostrou a EXAME, o pleito para redução foi apresentado pelo Ministério da Fazenda ao BC e a medida é de interesse, sobretudo da Caixa e do Bradesco, principais bancos que oferecem essa linha de crédito no país.