Economia

Barroso: Saída da Grécia da zona do euro seria desastrosa

"Para a população grega, seria um desastre. Sabemos o que significou para as populações dos países da América do Sul, quando declararam falência", explicou

"Uma quebra nos levaria a uma piora do clima para os investimentos. Então não haveria crescimento, nem recuperação", acrescentou (Frederick Florin/AFP)

"Uma quebra nos levaria a uma piora do clima para os investimentos. Então não haveria crescimento, nem recuperação", acrescentou (Frederick Florin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2012 às 17h48.

Viena - O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, considerou que a saída da Grécia da zona do euro seria "um desastre" para o povo grego e, além disso, poderia ter um efeito dominó, em uma entrevista que o jornal austríaco Die Presse publicará na terça-feira.

"Para a população grega, seria um desastre. Sabemos o que significou para as populações dos países da América do Sul, quando declararam falência", explicou Barroso.

"Além disso, seria a primeira vez que seríamos confrontados por uma quebra de consequências graves em um país membro de uma união monetária, o que também teria efeitos sobre outros países membros da zona do euro, provocaria um efeito dominó", acrescentou.

"É provável que fossemos obrigados a aumentar as ajudas concedidas a outros países da zona do euro, se a Grécia acabasse saindo" da zona, considerou, apesar de ter dito que confia na capacidade de Atenas para superar a crise.

O presidente da Comissão não vê alternativa alguma "para os enormes esforços de economia. Vemos, claro, que os programas de austeridade levam a uma recessão". Mas, segundo ele, são úteis para que a Grécia recupere "uma nova competitividade".

"Uma quebra nos levaria a uma piora do clima para os investimentos. Então não haveria crescimento, nem recuperação", acrescentou.

Barroso, em visita nesta segunda e na terça-feira a Viena, se pronunciou a favor de um reforço da integração europeia. "O trem deve tomar a direção de maior integração política, para se precaver da globalização".

Ele considerou, por fim, que a União Europea necessita de uma "europeianização" das políticas nacionais e não de uma nacionalização das políticas europeias.

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