Economia

Barbosa diz que momento não é de crise, é de dificuldade

Apesar dos números ruins da realidade econômica, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o momento não é de crise


	Nelson Barbosa: ministro disse ainda que a "palavra-chave" do segundo governo Dilma é "construção de credibilidade"
 (José Cruz/ABr)

Nelson Barbosa: ministro disse ainda que a "palavra-chave" do segundo governo Dilma é "construção de credibilidade" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2015 às 17h38.

Brasília - Apesar dos números ruins da realidade econômica brasileira, como a inflação de 12 meses acima da meta de 6,5% ao ano e a estimativa de retração do PIB em 2015, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta terça-feira, 17, que "o momento não é de crise, é de dificuldade".

"Estamos diante de uma ladeira, mas não vamos subir essa ladeira em quarta ou quinta marcha, mas em primeira e segunda", disse.

A afirmação foi parte da fala final de Barbosa em audiência pública de mais de cinco horas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, onde defendeu o governo da presidente Dilma Rousseff e o projeto do PT na Presidência da República.

"Na política econômica você acerta e erra", disse. "Creio que os acertos são muito maiores que os erros. Por isso, o projeto é vitorioso e ganhou quatro eleições", afirmou.

O ministro disse ainda que a "palavra-chave" do segundo governo Dilma é "construção de credibilidade", apontada por ele como "uma questão subjetiva".

"O que é objetivo é a previsibilidade. O primeiro passo para aumentar a credibilidade é aumentar a previsibilidade, como também construir resultados", comparou.

O ministro foi interrompido pela senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), que acusou o governo de evitar estabelecer metas para execução da política econômica. "Agora precisa que haja preocupação com metas, com o que cabe dentro do orçamento", disse, quando Barbosa respondeu: "É essa a nossa preocupação (do governo)".

Reunião com PMDB na Câmara

Barbosa não pôde comparecer à reunião com a bancada do PMDB na Câmara, marcada para as 14 horas de hoje.

O encontro não foi possível de ser realizado devido à extensão da audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde Barbosa foi questionado por senadores por mais de cinco horas. A reunião da CAE começou por volta das 10h30 e só terminou depois das 15h30.

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