O diretor-geral do IIF, Charles Dallara, discursa no Banco da Grécia: "A Eurozona e o Fundo Monetário Internacional são os que devem encontrar um bom equilíbrio" (©AFP / Louisa Gouliamaki)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2012 às 12h40.
Atenas - Neste momento não se contempla um possível perdão parcial da dívida grega em mãos dos credores institucionais UE e FMI, disse em Atenas nesta quarta-feira o diretor-geral do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), Charles Dallara, que prefere uma redução dos juros.
"Acredito que o perdão da dívida pelo setor oficial do mesmo tipo feito pelos investidores privados seria um combustível político para toda a Europa. Atualmente não é o momento", disse Dallara, diretor desta instituição que representa os principais bancos do planeta.
"O que o setor oficial deve fazer como prioridade é reduzir as taxas de juros" que a Grécia precisa pagar, tanto dos antigos empréstimos quanto dos futuros, disse Dallara, que negociou no último inverno com o governo grego em nome dos bancos privados um perdão voluntário de uma parte da dívida soberana (107 bilhões de euros) em seus balanços.
"A Eurozona e o Fundo Monetário Internacional são os que devem encontrar um bom equilíbrio" entre a redução das taxas de juros e a ampliação dos vencimentos, disse em um discurso perante a União de Bancos Gregos.