Economia

Banqueiro que confessou ter sido subornado é condenado

Rodler pediu inicialmente, uma pena de 10 anos e seis meses para o Gribkowski, afirmando que ele organizou a venda das ações do banco na Fórmula 1

Bernie Ecclestone, da Formula One Management: O "chefão" da Fórmula 1, queria acabar com a ligação com o parceiro alemão, já que "se sentia acossado pelos bancos" (Getty Images)

Bernie Ecclestone, da Formula One Management: O "chefão" da Fórmula 1, queria acabar com a ligação com o parceiro alemão, já que "se sentia acossado pelos bancos" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 13h46.

Berlim - O antigo diretor do banco público alemão Bayern LB Gerhard Gribkowsky foi condenado nesta quarta-feira a oito anos e seis meses de prisão por se deixar subornar pelo presidente da FOM (Formula One Management) e da FOA (Formula One Administration), Bernie Ecclestone.

O Tribunal de Munique declarou Gribkowsky culpado pelo suborno de 44 milhões de euros, desvio de dinheiro e fraude fiscal. O banqueiro admitiu ter recebido a quantia e não ter declarado.

Segundo o tribunal, Gribkowsky recebeu em 2006 a incumbência do instituto BayernLB, o qual pertencia ao conselho de administração, de vender as ações nas empresas que gerem a Fórmula 1.

O "chefão" da Fórmula 1, queria acabar com a ligação com o parceiro alemão, já que "se sentia acossado pelos bancos", que não entenderiam do negócio do automobilismo, conforme explicou o promotor do caso, Christoph Rodler.

Rodler pediu inicialmente, uma pena de 10 anos e seis meses para o Gribkowski, afirmando que ele organizou a venda das ações do banco na Fórmula 1 visando o lucro de Ecclestone, tendo sido recompensado com a alta soma.

Ecclestone, por sua vez, também responde a processo no mesmo tribunal. Ele conseguiu, com a ajuda de Gribkowsky que o banco alemão vendesse suas ações ao investidor que ele queria: a CVC.

Após oito meses de silêncio, o banqueiro, em prisão preventiva há um ano e meio, decidiu fazer a confissão em troca de uma pena não superior a nove anos de prisão. O tribunal apontou hoje que o artifício é legal e que não se trata de nenhuma manobra tática para acusar Ecclestone. 

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