UNITED STATES - APRIL 19: A pedestrian walks outside a Bank of America branch in New York, Thursday, April 19, 2007. Bank of America Corp., the second-largest U.S. bank, said first-quarter earnings climbed 5.4 percent, the slowest growth in a year, as gains from equity investments and bond underwriting were damped by rising costs to hold customer deposits. (Photo by Daniel Acker/Bloomberg via Getty Images) (Daniel Acker/Bloomberg/Getty Images)
Reuters
Publicado em 8 de fevereiro de 2022 às 12h27.
Última atualização em 8 de fevereiro de 2022 às 13h27.
O Bank of America elevou sua projeção para o patamar da taxa básica de juro ao fim do atual ciclo de aperto monetário do Banco Central do Brasil a 12,25%, ante estimativa anterior de Selic terminal de 11,25%.
A revisão do BofA veio após a divulgação nesta terça-feira da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que, segundo o banco privado americano, adotou tom mais hawkish (duro no combate à inflação) do que o visto no comunicado de quarta-feira passada, quando a taxa Selic foi elevada em 1,5 ponto percentual, a 10,75% ao ano.
"O BC afirmou que a desaceleração do ritmo de alta de juros é o caminho mais adequado para alcançar a convergência da inflação à meta e reancorar as expectativas, mas sugeriu que haverá mais ajustes à frente, em vez de uma alta final em março, como esperávamos", explicou em relatório David Beker, chefe de economia no Brasil do BofA.
Segundo o banco privado, a taxa Selic subirá 1 ponto percentual em março, ajuste que será seguido de alta de 0,5 ponto em maio. Anteriormente, a expectativa do BofA era de elevação final de 0,5 ponto no mês que vem.
Na ata do Copom, o BC optou por não indicar aos mercados qual será a magnitude da alta de juros da próxima reunião do colegiado, em março. A autarquia, no entanto, afirmou que o ciclo de aperto deverá ser mais contracionista do que o utilizado no cenário de referência ao longo do horizonte relevante, o qual previa uma Selic de 12% no primeiro semestre de 2022, de 11,75% no final deste ano e de 8% em 2023.
"Isso pode sinalizar tanto uma taxa terminal mais alta, seguida de cortes de juros, ou o mesmo nível terminal com adiamento do ciclo de afrouxamento previsto no cenário de referência", disse Beker.