Economia

Bancos europeus devem demitir mais em 2016 e elevar lucros

Dez dos maiores bancos da região anunciaram cortes de 130 mil empregos desde junho


	Notas de euro: dez dos maiores bancos da região anunciaram cortes de 130 mil empregos desde junho
 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Notas de euro: dez dos maiores bancos da região anunciaram cortes de 130 mil empregos desde junho (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 13h46.

Londres - Regulação, crescimento econômico anêmico e mudanças tecnológicas vão forçar os bancos em toda a Europa a economizar mais em 2016, e o emprego deve ser a maior vítima, de acordo com investidores e analistas.

Dez dos maiores bancos da região anunciaram cortes de 130 mil empregos desde junho, segundo dados compilados pela Reuters, mais do que o total de vagas perdidas anunciadas pelos bancos em 2013 e 2014. Mas os investidores acreditam que a indústria terá de enxugar mais e mais rápido para aumentar os lucros.

"Os culpados por 2008 ainda precisam pagar uma penitência e devem encolher seus balanços ao fazer isso", disse Jamie Clark, co-gerente da equipe temática Macro Liontrust, referindo-se à crise bancária que desencadeou uma recessão global profunda, da qual várias das maiores economias do mundo ainda buscam se recuperar.

"Vemos os cortes de postos de trabalho como um sinal da tendência secular, e não cíclica, de bancos permanentemente menores."Dezenas de milhares de funcionários foram demitidos durante e após a crise financeira 2007/09, mas a nova onda de cortes na Europa mostra como os bancos da região estão seguindo seus rivais norte-americanos ao fazer revisões estruturais.

Em 2014 e 2013, 78 mil demissões foram anunciadas em 18 dos maiores bancos da Europa, o que representou redução de 4,1 por cento da força de trabalho, muito menos do que os cortes de 7,3 por cento no número de funcionários nos seis principais bancos norte-americanos.

Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) no ano passado com 300 grandes bancos globais mostrou que apenas cerca de 30 por cento dos bancos da zona euro tinham uma estrutura capaz de gerar uma taxa de retorno razoável no longo prazo, ante 80 por cento dos bancos dos EUA.

"Os bancos norte-americanos têm feito o que é necessário e estão em uma curva ascendente", disse Chris Wheeler, analista de bancos em Equities Atlântico.

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