Economia

Bancos Europeus advertem sobre taxas de juros negativas

Federação Europeia de Bancos advertiu que decisão do BCE de levar uma das taxas de juros ao campo negativo pode repercutir junto aos clientes


	Sede do Banco Central Europeu: BCE baixou ontem as principais taxas de juros
 (Ralph Orlowski/Bloomberg)

Sede do Banco Central Europeu: BCE baixou ontem as principais taxas de juros (Ralph Orlowski/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 11h02.

Bruxelas - A Federação Europeia de Bancos (EBF) advertiu nesta sexta-feira que a decisão do Banco Central Europeu de levar uma das taxas de juros ao território negativo, uma medida que considera, principalmente, simbólica, pode repercutir junto aos clientes.

O BCE baixou na quinta-feira as principais taxas de juros e a taxa de depósitos dos bancos caiu a -0,10%, ou seja, as entidades terão que pagar para guardar seu dinheiro na instituição europeia, uma medida para incitá-las a conceder créditos.

"As taxas de juros negativas, embora seja (uma decisão) histórica, é principalmente simbólica", comentou um dos diretores da EBF, Robert Priester, que considerou que "o impacto que terá não está claro".

Mas, "como bancos, não compartilhamos o entusiasmo pelos juros negativos". "Pode-se dizer que penaliza os bancos que guardam seu dinheiro no BCE" e "está comprovado que as taxas negativas afetam a rentabilidade do setor bancário", segundo Priester.

Por isso, "os efeitos podem ser duradouros", adverte Priester, que não acredita que as taxas negativas possam fomentar o crédito.

"A demanda de crédito continua sendo insuficiente e os mercados financeiros da Eurozona continuam muito fragmentados, o que pode ter como consequência que os custos sejam pagos pelos clientes", advertiu.

Acompanhe tudo sobre:BancosBCEEuropaFinançasJuros

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos