Economia

Bancos britânicos anunciam reforma de taxa após escândalo

O objetivo de reformar a taxa Libor é evitar as manipulações registradas ano passado e que provocaram um gigantesco escândalo

Instituição bancária britânica: os dados comunicados pelos bancos ao painel que determina diariamente a Libor serão embargados por três meses
 (Carl Court/AFP)

Instituição bancária britânica: os dados comunicados pelos bancos ao painel que determina diariamente a Libor serão embargados por três meses (Carl Court/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 08h45.

Londres - A Associação de Bancos Britânicos (BBA) anunciou nesta quarta-feira alterações nos procedimentos de cálculo da taxa interbancária Libor, com o objetivo de evitar as manipulações registradas ano passado e que provocaram um gigantesco escândalo.

Os dados comunicados pelos bancos ao painel que determina diariamente a Libor serão embargados por três meses para evitar possíveis manipulações.

Assim, as instituições não poderão conhecer as taxas comunicadas pelos concorrentes e ajustar as suas em consequência.

As investigações das agências de regulação mostraram como as taxas comunicadas ao painel eram manipuladas para a obtenção de benefícios suas posições ou fazer o banco parecer mais sólido.

A taxa, no entanto, prosseguirá sendo fixada a cada dia.

O escândalo Libor explodiu no ano passado, quando o banco Barclays recebeu multas de 290 milhões de libras (US$ 470 milhões) das autoridades britânicas e americanas pela tentativa de manipulação das taxas interbancárias Libor e Euribor entre 2005 e 2009.

Com a mudança, que entrará em vigor em 1 de julho, a BBA aplica uma das recomendações centrais do relatório solicitado pelo governo e publicado em setembro por Martin Wheatley, hoje diretor geral da nova Autoridade de Conduta Financeira (FCA).

"Restaurar a confiança na Libor como referência é uma prioridade absoluta para a BBA e trabalhamos duro com os reguladores e o governo para colocar em prática as reformas necessárias antes de transferi-la a uma nova autoridade", afirmou Anthony Browne, diretor geral da BBA.

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