Economia

Bancos alemães preevem saída da Grécia da zona do euro

O Deutsche Bank, o banco maior da Alemanha, vê por enquanto fechado o caminho para novas ajudas à Grécia


	O Deutsche Bank, o banco maior da Alemanha, vê por enquanto fechado o caminho para novas ajudas à Grécia
 (Louisa Gouliamaki/AFP)

O Deutsche Bank, o banco maior da Alemanha, vê por enquanto fechado o caminho para novas ajudas à Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2015 às 09h52.

Berlim - Uma boa parte dos bancos alemães conta com uma saída da Grécia do euro, considerada pelo presidente da Confederação de Cadernetas de Poupança, Georg Fahrenschon, "consequente" após o "não" dos gregos no referendo.

"Com o 'não' o povo grego se pronunciou contra os fundamentos e as regras de um âmbito monetário comum. Conseqüentemente, a Grécia deveria abandonar agora a zona do euro", disse Fahrenschon em declarações ao jornal econômico "Handelsblatt".

A gerente da Confederação de Bancos Públicos da Alemanha (VÖB), Liane Buchholz, em declarações ao mesmo jornal, foi menos enfática, mas ressaltou que se não houver uma perspectiva de negociações, o BCE "teria que suspender em breve os créditos de emergência aos bancos gregos".

Isso, segundo Buchholz, "levaria à saída irreversível da Grécia da União Europeia".

O Deutsche Bank, o banco maior da Alemanha, vê por enquanto fechado o caminho para novas ajudas à Grécia.

"O caminho para novas ajudas à Grécia está fechado, o Eurogrupo não pode fazer mais a mínima concessão ao governo de Tsipras se não quiser perder a credibilidade", sustentou o economista- chefe do Deutsche Bank, Nicolas Heinen, em declarações à emissora "Ndr".

O segundo banco do país, o Commerzbank, acredita que o risco de um Grexit aumentou consideravelmente.

"Na semana passada estimávamos o risco de um Grexit em 25%. Agora consideramos de 50%", sustentou o economista-chefe do Commerzbank, Jörg Krämer, em uma análise depois do resultado do referendo.

"Após o 'não' dos gregos não há fundamento para um novo programa de ajuda. A perda de liquidez dos bancos e os cofres públicos vazios terminarão levando o governo a introduzir uma moeda própria", acrescentou.

Para Krämer, um Grexit seria o mal menor diante de um cenário em que a Grécia continuasse a receber ajudas sem se comprometer a realizar reformas.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosEuropaPiigsAlemanhaGréciaCrise gregaDívidas de países

Mais de Economia

Milei afirma que Argentina está negociando novo empréstimo com o Tesouro dos Estados Unidos

Sindicato convoca assembleias regionais contra mudança no estatuto do IBGE

Operação Cadeia de Carbono ataca fraudes já estruturadas no país, diz ministro Fernando Haddad

Receita deflagra operação contra lavagem de dinheiro e fraudes no setor de combustíveis