Economia

Banco podre da Espanha recebe 37 bi euros de ativos tóxicos

Processo dá início a uma importante parte do esforço do país para limpar seu setor financeiro


	 

	Maior fatia de ativos tóxicos transferidos vem do Bankia, que foi resgatado pelo Estado em maio, no maior resgate bancário da história da Espanha
 (AFP/Dominique Faget)

  Maior fatia de ativos tóxicos transferidos vem do Bankia, que foi resgatado pelo Estado em maio, no maior resgate bancário da história da Espanha (AFP/Dominique Faget)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 12h13.

Madri - O chamado "banco podre" da Espanha recebeu 37 bilhões de euros de ativos tóxicos de quatro bancos nacionalizados, dando início a uma importante parte do esforço do país para limpar seu setor financeiro.

Os empréstimos imobiliários e propriedades são os primeiros ativos a serem transferidos para o "banco podre", que foi organizado pelo governo em uma tentativa de lidar com os efeitos do estouro de uma bolha do mercado imobiliário e restaurar a confiança nos bancos do país.

A maior fatia de ativos tóxicos transferidos à empresa de gerenciamento de ativos, conhecida como Sareb, vem do Bankia, que foi resgatado pelo Estado em maio, no maior resgate bancário da história da Espanha.

O Bankia transferiu 22,32 bilhões de euros em ativos, enquanto o Catalunya Banc transferiu 6,71 bilhões de euros, o NCG Banco-Banco Gallego repassou 5,71 bilhões de euros e o Banco de Valencia transferiu 1,96 bilhão de euros, disse o Sareb nesta segunda-feira.

O Sareb informou que agora vai começar a gerenciar os ativos com a visão de "realizar a venda (deles)...buscando o máximo retorno para seus acionistas." O governo teve dificuldades mas conseguiu garantir investimento privado para fazer o "banco podre" funcionar, com a maior parte do capital vindo dos principais credores do país, com exceção do BBVA.

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